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    Podemos ter queda de inflação a partir do 2º trimestre de 2023, avalia economista

    À CNN Rádio, Fábio Astrauskas explicou que a taxa de juros elevada – que sofreu novo aumento na quarta-feira (15) – terá efeito sentido ainda neste ano

    Amanda Garcia

    A política monetária do Banco Central de taxa de juros elevada começará a fazer efeito sobre a inflação, de forma consistente, no segundo trimestre de 2022, na avaliação do economista e CEO da Siegen, Fábio Astrauskas.

    Na última quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária promoveu nova elevação da Selic, a 11ª seguida, que atingiu a marca de 13,25% ao ano – o maior patamar desde 2016.

    Em entrevista à CNN Rádio, o economista explicou que a meta proposta pelo BC para este ano, de 5%, não será atingida. “Para o ano que vem, os efeitos dos juros altos se consolidam, e é possível uma queda mais forte da inflação a partir do segundo trimestre.”

    Ele fez uma ressalva, no entanto: “Isso só acontecerá caso nada de diferente aconteça no cenário. Temos exemplos externos que pressionam a inflação, como a pandemia e a guerra na Ucrânia.”

    A eleição neste ano é uma questão interna que gera preocupação: “O cenário disputado no segundo semestre e a expectativa de pressão para o começo de mandato no ano que vem, seja quem for eleito, também pode afetar.”

     

     

    Astrauskas destaca que o aumento de juros no Brasil e também nos Estados Unidos não é uma surpresa.

    “O mundo todo está mobilizado para combater a inflação que está espalhada de maneira inédita, no maior nível dos últimos 40 anos.”

    O economista avalia que o Brasil saiu na frente na política monetária porque teve efeito inflacionário anterior a economias como dos Estados Unidos e da Europa.

    “Temos sinais de estabilização e leve queda da inflação, embora sem movimento brusco, enquanto nos Estados Unidos e Europa o movimento se inicia agora e deve ter efeito no ano que vem”, completou.

    *Com produção de Isabel Campos.