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    Plano econômico original de Liz Truss é um erro, diz Biden

    Entretanto, presidente dos Estados Unidos afirmou que o julgamento cabe à Grã-Bretanha

    Jeff Masonda Reuters

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou, neste sábado (15), que o plano econômico original da primeira-ministra britânica Liz Truss é um erro e afirmou não estar preocupado com a força do dólar norte-americano em alta.

    Truss demitiu na sexta-feira (14) seu ministro das Finanças Kwasi Kwarteng e descartou partes de seu pacote econômico após provocar turbulências no mercado financeiro, incluindo uma queda acentuada no valor da libra.

    Biden, um democrata, frequentemente critica as políticas econômicas conservadoras de “gotejamento”, associadas nos Estados Unidos ao ex-presidente Ronald Reagan e aos republicanos.

    Sua administração, no entanto, havia se recusado a comentar o plano Truss, que inicialmente previa a eliminação da alíquota máxima de 45% do imposto de renda da Grã-Bretanha.

    “Eu não fui o único que pensou que era um erro”, expôs Biden a repórteres durante uma parada em uma sorveteria no estado do Oregon, referindo-se à proposta da Truss.

    “Acho que a ideia de cortar impostos sobre os super-ricos em um momento em que, de qualquer forma, apenas acho, discordo da política, mas cabe à Grã-Bretanha fazer esse julgamento, não a mim”, continuou.

    Mais cedo, neste sábado, o novo ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Jeremy Hunt, declarou que alguns dos impostos do país aumentariam e que seriam necessárias decisões difíceis sobre gastos, dizendo que Truss cometeu erros enquanto luta para manter seu emprego há pouco mais de um mês de seu mandato.

    A alta inflação está afligindo os Estados Unidos e países em todo o mundo, criando uma dor de cabeça política para Biden antes das eleições de meio de mandato de novembro, nas quais o controle da Câmara dos Deputados e do Senado está em jogo.

    O dólar disparou contra outras moedas. “Não estou preocupado com a força do dólar. Estou preocupado com o resto do mundo”, alegou Biden. “Nossa economia é forte como o inferno, o interior dela. A inflação é mundial. Está pior em todos os lugares do que nos Estados Unidos”.

    “Então, o problema é a falta de crescimento econômico e políticas sólidas em outros países, não tanto no nosso”, prosseguiu o presidente.

    Um relatório do Departamento do Trabalho divulgado na quinta-feira (13) mostrou que os preços ao consumidor nos EUA aumentaram mais do que o esperado em setembro, com os aluguéis e o custo dos alimentos subindo.

    O presidente fez seus comentários no final de uma mudança de vários dias no oeste que terminou em Oregon, onde procurou dar um impulso político à democrata Tina Kotek que está concorrendo a governadora.

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