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    PL das criptomoedas traz mais segurança para o setor, diz especialista

    À CNN Rádio, a professora Thais Cinthia Cárnio avaliou que órgãos responsáveis pelo controle deverão receber mais recursos

    Ela destacou, em primeiro lugar, que as criptomoedas são “um meio de pagamentos”, garimpadas por particulares ao invés de autoridades de moeda, e sem valor específico, apenas com o “decorrente da oferta e procura"
    Ela destacou, em primeiro lugar, que as criptomoedas são “um meio de pagamentos”, garimpadas por particulares ao invés de autoridades de moeda, e sem valor específico, apenas com o “decorrente da oferta e procura" Kanchanara/ Unsplash

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    A aprovação do Projeto de Lei que regulamenta o mercado de criptomoedas no Brasil pelo Senado Federal, que aconteceu na terça-feira (26), “tem como objetivo trazer mais segurança” para o setor, de acordo com a professora de Mercado Financeiro na Universidade Mackenzie, Thais Cinthia Cárnio.

    O texto ainda engloba os criptoativos, como NFTs (Tokens Não-Fungíveis) e stable coins – aquelas ligadas a ativos tradicionais, como o dólar e o euro.

    Em entrevista à CNN Rádio, a professora e advogada explicou o que muda com o projeto, que ainda será analisado pela Câmara dos Deputados.

    Ela destacou, em primeiro lugar, que as criptomoedas são “um meio de pagamentos”, garimpadas por particulares ao invés de autoridades de moeda, e sem valor específico, apenas com o “decorrente da oferta e procura.”

    Por esse motivo, apesar de ser uma boa ideia no sentido de meio de pagamento, os criptoativos “tem sido utilizados com intenções pouco nobres, como para lavagem de dinheiro e esconder capital.”

    Isso porque “têm uma detecção menor, com rastreabilidade diferente de uma transferência bancária, por exemplo.”

    E é isso que o PL busca mudar. “A aprovação simbólica tem como objetivo trazer mais segurança para todos nós, para investidores, para a ordem econômico-financeira, e para o mercado de ativos virtuais, já que dá essa tranquilidade para quem quer operar nesse mercado com segurança.”

    Uma vez que seja aprovado, o texto, para Thais Cinthia Cárnio, deve reduzir as fraudes. No entanto, ela alertou que o nível dessa segurança “vai depender da fiscalização das entidades responsáveis por isso, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a própria Receita Federal (RF).”

    “Eu acredito que esses órgãos, como vários outros importantes para a saúde do mercado financeiro como todos, estão sobrecarregados, com inúmeras funções, o que acontece é um avanço tecnológico importante por parte de que frauda, para quem fiscaliza, existe um gap, um passo atrás em relação ao acompanhamento”, disse.

    Ela reforçou a necessidade de um investimento maior para a CVM e a Receita, para ter “mais braços para fazer esse trabalho.”

    Entre as novidades positivas para o controle, presentes no PL, estão o fato de as empresas necessitarem uma autorização específica para poder operar, além do estabelecimento de penas para lavagem de dinheiro e outras lesões ao consumidor.

    Tudo isso “traz clareza e transparência como um todo” e também “vai auxiliar para ter proximidade maior dos investidores que querem criptoativos, porque ainda é algo estranho e agora traz um conforto maior para um potencial investidor que quer diversificar os negócios.”