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    PIX tem capacidade de se tornar identidade digital, diz presidente do BC

    Segundo o BC, os estudos para a criação da moeda digital e as discussões dos impactos da sua emissão estão em fase avançada

    Pix - sistema de pagamento instantâneo
    Pix - sistema de pagamento instantâneo Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

    Anna Russi, do CNN Brasil Business, em São Paulo

     

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a chave usada pelo programa de pagamentos instantâneos (PIX) para transferências tem potencial para se tornar uma identidade digital de cada brasileiro. A ideia já era especulada por especialistas do setor financeiro, mas essa foi a primeira vez que o chefe da autoridade monetária do país falou sobre o assunto. 

    “Achamos que a chave usada no PIX pode ser desenvolvida em uma identidade digital no futuro. Tudo da sua vida no dia a dia vai estar conectado ao PIX”, disse em participação em evento virtual sobre inovações, promovido pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS).

    Segundo ele, esse desenvolvimento só é possível pela convergência entre as mídias sociais, os meios de pagamento e de comunicação. O BC também conta com outros programas de inovação e integração de informações e dados dos brasileiros para avançarem esse processo, como o Open Banking.

    Real digital 

    Campos Neto também destacou o projeto que muda a legislação cambial e que pode tornar o real em uma moeda convergente e digital no futuro. Para essa eventual mudança tem de ser acopladas a smartphones, “que também será acoplado ao 5G, que, por sua vez, está acoplado com inteligência artificial e assim por diante”. 

    Ainda de acordo com o presidente da autoridade monetária, os estudos para a criação da moeda digital e as discussões dos impactos da sua emissão estão em fase avançada. O grupo formal de análise da CBDC (central bank digital currency) foi criado em agosto de 2020. 

    “Acho que o projeto se desenvolve ao redor de perguntas que não podem ser respondidas ainda, como se a emissão será [feita] só pelo Banco Central ou por qualquer banco, se será tributável ou não, se vamos limitar as operações que poderão ser feitas com essa moeda”, ponderou.