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    PIB crescerá 3% em 2022 se variação da atividade for nula no 4º tri, diz Economia

    Em cenário mais positivo, a pasta projeta que o PIB crescerá 3,1% no ano caso a alta da atividade seja de 0,2% a 0,4% neste trimestre

    Sede do Ministério da Economia, em Brasília
    Sede do Ministério da Economia, em Brasília REUTERS/Adriano Machado

    Por Bernardo Caram, da Reuters

    Se a variação da atividade doméstica for nula no quarto trimestre deste ano, o PIB brasileiro fechará 2022 com uma alta de 3%, estimou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia nesta quinta-feira (1º), após divulgação dos dados do terceiro trimestre pelo IBGE.

    Em cenário mais positivo, a pasta projeta que o PIB crescerá 3,1% no ano caso a alta da atividade seja de 0,2% a 0,4% neste trimestre. Se o desempenho for melhor, a expansão ficará acima de 3,2%.

    “Os indicadores coincidentes e o carregamento estatístico mostram que a atividade continuará crescendo a taxas moderadas no final do ano e abre boas perspectivas para o ano seguinte”, afirmou a pasta em nota técnica.

    Nesta quinta-feira, o IBGE apontou que o PIB perdeu mais força do que o esperado no terceiro trimestre, mas ainda assim marcou o maior patamar da série histórica, crescendo 0,4% sobre os três meses anteriores –a estimativa de mercado apontava para uma alta de 0,7%, segundo pesquisa da Reuters.

    Segundo a pasta, os dados mostram continuidade da recuperação da economia após os efeitos da pandemia, com o nível da atividade se aproximando da tendência anterior à crise sanitária.

    O documento destaca que houve crescimento na margem em quase todos os componentes da oferta e em todos da demanda no terceiro trimestre, com elevação nos investimentos explicada pelo aumento na produção de máquinas e a recuperação da construção civil.

    Segundo a pasta, a desaceleração do crescimento econômico no período foi motivada sobretudo pelo desempenho da indústria e do comércio.

    “Considerando as expectativas de mercado para juros e inflação, espera-se que os efeitos defasados da política monetária atinjam o maior efeito restritivo na atividade neste segundo semestre”, disse.

    “Por outro lado, nota-se continuidade da expansão dos indicadores de serviços e relativa estabilização nos indicadores de produção agropecuária”, acrescentou.

    O ministério ressaltou que as medições anteriores do PIB vêm sendo revisadas para cima pelo IBGE, gerando efeito carregamento positivo para períodos à frente.