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    Petróleo fecha em queda, de olho na Ucrânia e sem sanções pela UE à energia russa

    G7 disse estar trabalhando para reduzir a dependência dos países em relação à energia russa

    Bomba de petróleo na Bacia do Permian em Loving County, Texas, EUA
    Bomba de petróleo na Bacia do Permian em Loving County, Texas, EUA 22/11/2019REUTERS/Angus Mordant

    Ilana Cardial, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda de 2% nesta quinta-feira (24) enquanto investidores acompanham notícias sobre a guerra na Ucrânia. As esperadas sanções pela União Europeia contra o petróleo e o gás russo não se concretizaram até o momento. As negociações sobre acorno nuclear do Irã também seguem no radar.

    Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para maio caiu 2,25% (US$ 2,59), a US$ 112,34, enquanto o do Brent para o mesmo mês cedeu 2,08% (US$ 2,45), a US$ 115,30, na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 121,60.

    Hoje, autoridades da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) expressaram preocupação ao Financial Times com uma possível proibição de importação de petróleo pela União Europeia. Segundo fontes, a organização já sinalizou à Bruxelas seu incômodo.

    Analista da Oanda, Edward Moya diz que, depois das reuniões do G7, Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e líderes da UE, os operadores já não esperam que a energia russa sofra sanções tão cedo. Para o economista, membros doa Otan ainda levarão “algum tempo” até impor medidas restritivas.

    Em comunicado, após cúpula de líderes, o G7 disse estar trabalhando para reduzir a dependência dos países em relação à energia russa. O grupo garantiu criar alternativas energéticas sustentáveis e apoiar outros países, mas não detalhou medidas a serem adotadas.

    Além disso, o acordo nuclear com o Irã segue sendo negociado. O ministro de Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, disse ontem a repórteres que os negociadores em Viena estão “mais perto do que nunca” de reviver o acordo de 2015, informou a Reuters</i.

    O Julius Baer, em relatório, questiona quantos choques de oferta o mercado de petróleo consegue absorver. O Casaquistão, grande produtor de petróleo, enfrenta problemas dada uma tempestade.

    “Essa interrupção obviamente vem em um momento inoportuno para os compradores de petróleo e aumenta a diferença dos portos russos para cerca de 5% do abastecimento mundial de petróleo”, diz o economista Norbert Rucker.

    O analista espera que o petróleo seja negociado em altos níveis por mais tempo do que o esperado, o que significaria “dor” para Europa, especialmente para os que compram de países asiáticos, diz ele.