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    Petróleo fecha em queda de 3%, com temores sobre a economia global e incertezas de oferta

    WTI para julho fechou em queda de 3,38% (US$ 2,51) a US$ 71,83 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex)

    Laís Adriana*, do Estadão Conteúdo

    Os contratos mais líquidos do petróleo fecharam em queda de aproximadamente 3%, à medida que temores sobre a macroeconomia global e incertezas de oferta e demanda pesaram nos preços. Além disso, o dólar se fortaleceu ante outras divisas e provocou pressão de baixa no mercado de commodities, diante do impasse no teto da dívida dos EUA e expectativas de maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed).

    O WTI para julho fechou em queda de 3,38% (US$ 2,51) a US$ 71,83 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 2,68% (US$ 2,10), a US$ 76,26 por barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    O petróleo teve queda acentuada neste pregão, após registrar ganhos em três sessões consecutivas, abalado por incertezas macroeconômicas globais e força do dólar no exterior.

    Para a Oanda, o óleo ainda teve pressão adicional de falas do vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, afirmando que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados(Opep+) não deve renovar cortes de produção em seu próximo encontro.

    Analistas do Citigroup avaliam que a reunião da Opep+ não deve resultar em ações capazes de sustentar preços mais altos do petróleo e consideram difícil o mercado da commodity apresentar aperto ao longo do ano, se mostrando ceticismo quanto a projeções de crescimento na demanda global diante do cenário atual.

    Nos Estados Unidos, múltiplos fatores contribuíram para o cenário incerto: o impasse sobre o teto continua gerando alertas das consequências ruins de um calote na dívida, ao passo em que o Departamento do Tesouro se aproxima da data limite para cumprir obrigações; por outro lado, os EUA também enfrentam a persistência da inflação somada a um mercado de trabalho resiliente, o que renova expectativas por mais aperto monetário do Fed.

    Já a China sofre com temores de que uma nova onda de Covid-19 possa obrigar o país a retomar restrições para conter o vírus, algo que afetaria sua recuperação e reabertura econômica. Na Alemanha, o Produto Interno Bruto (PIB) recuou pelo segundo trimestre seguido, configurando recessão.

    Em relatório, a Agência Internacional de Energia (AIE) aponta que o investimento global em energia limpa está a caminho de aumentar para US$ 1,7 trilhão em 2023 e que a energia solar devendo eclipsar a produção de petróleo pela primeira vez.

    A AIE atribui a expansão nos investimentos de energia limpa às preocupações de acessibilidade e segurança desencadeadas pela crise global de energia, fortalecendo o ímpeto por trás de opções mais sustentáveis.

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