Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Petróleo fecha em alta, com perspectivas para avanço da demanda

    As perspectivas de demanda para 2022 são sólidas, já que muitos países mantêm suas fronteiras abertas

    Matheus Andrade, do Estadão Conteúdo

    Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (11), em sessão na qual as perspectivas para a demanda, em especial o potencial de ser menos afetada pelas restrições para conter a variante Ômicron do coronavírus, estimulou os preços.

    Além disso, investidores seguem observando limitações para a produção, como a situação política na Líbia.

    O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 3,82% (US$ 2,99), A US$ 81,22 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março subiu 3,52% (US$ 2,85), a US$ 83,72 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

    “Após dois dias de queda, os preços do petróleo estão subindo hoje, impulsionados por sinais positivos de demanda para 2022 e uma expectativa de aperto na oferta global”, aponta a Rystad Energy.

    As perspectivas de demanda para 2022 são sólidas, já que muitos países mantêm suas fronteiras abertas e evitam implementar rígidos bloqueios impostos durante as ondas anteriores da covid-19, com notícias de que a Ômicron é uma cepa menos severa para a maioria, afirma a consultoria.

    A demanda por combustível de aviação, que teve um impacto inicial mais significativo com o anúncio da Ômicron, agora está vendo pequenos ganhos de recuperação na América do Norte, Ásia e Europa, aponta.

    Sobre interrupções na produção, para a análise, o mercado acredita que os problemas na Líbia voltarão ou que o crescimento da demanda superará os poucos milhares de barris em risco, pois a situação política permanece instável após as eleições presidenciais adiadas.

    Já o presidente do Casaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, anunciou nesta terça (11) que a Rússia começará a retirar suas tropas do país em dois dias. Segundo a Rystad Energy, o anúncio, que avaliou ainda que os protestos no país estão estáveis em todas as regiões, deve diminuir as preocupações com a oferta de 1,7 milhão de barris por dia em produção de petróleo do país.

    De acordo com a Bloomberg, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) não quer que os preços da commodity subam para US$ 100 o barril e estão revivendo a produção com rapidez suficiente para evitar que os mercados globais “superaqueçam”, disse o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhi.

    “Somos muito cuidadosos na Opep+, analisaremos cada mês à medida que avançamos”, afirmou o ministro.

    A Capital Economics vê os preços de energia caindo amplamente este ano, uma vez que o crescimento global mais lento deve esfriar a alta da demanda, mas os baixos estoques de muitos combustíveis significam que os preços permanecerão historicamente altos e voláteis por algum tempo.

    No caso do Brent, a expectativa da consultoria é de que o barril seja negociado perto de US$ 60 no final do ano.

    Tópicos