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    Petróleo, ações e moeda israelense: como a invasão do Hamas está impactando a economia global

    Shekel e preço do petróleo sobem após temores com situação no Oriente Médio

    Bombardeio israelense na Faixa de Gaza no domingo (8)
    Bombardeio israelense na Faixa de Gaza no domingo (8) Ali Jadallah/Anadolu Agency via Getty Images

    David GoldmanMichelle Tohda CNN*

    Nova York/Hong Kong

    Os preços do petróleo subiram enquanto parte das bolsas de valores e a moeda israelense caíam no início da semana, à medida que os investidores reagiam à guerra entre o Hamas e Israel.

    Embora Israel não seja um grande produtor de petróleo, a escalada das tensões no Oriente Médio assustou os investidores.

    A inflação, o receio de uma recessão econômica global e uma correção após meses de alta fizeram com que os preços do petróleo nos EUA caíssem de cerca de US$ 95 (R$ 488,99) há algumas semanas para pouco mais de US$ 80 (R$ 411,78) na semana passada.

    Mas na manhã de segunda-feira (9), os preços do petróleo nos EUA subiram acima dos 3%, ultrapassando US$ 85 (R$ 437,52) por barril, depois de reduzirem os ganhos durante a noite.

    O petróleo Brent, referência global, também subiu quase 3%, sendo negociado a quase US$ 87 (R$ 447,82) o barril.

    Israel declarou formalmente guerra ao Hamas no domingo (8), após um ataque surpresa do grupo no sábado (7).

    Segundo as autoridades, o conflito já deixou mais de 1000 mortos, com pelo menos 700 pessoas mortas em Israel e 400 na Palestina.

    “Com o governo israelense alertando para uma guerra longa e difícil, há preocupações de que retaliações profundas e incessantes em Gaza possam trazer o Irã para o conflito e ter um impacto no fluxo de energia na região”, disse Susannah Streeter, chefe de dinheiro e mercados na corretora britânica Hargreaves Landsdown.

    Israel intervém para apoiar o shekel

    Com as hostilidades, o shekel israelense subiu para 3,93 em relação ao dólar americano na segunda-feira, nível atingido pela última vez em 2016.

    O banco central de Israel disse que venderia até US$ 30 bilhões (R$ 154,42 bilhões) em moedas estrangeiras para estabilizar o shekel e “fornecer a liquidez necessária para o bom funcionamento contínuo dos mercados”.

    Num comunicado, o Banco de Israel disse que forneceria um apoio adicional de US$ 15 bilhões (R$ 77,21 bilhões), se necessário, afirmando que iria “continuar monitorando o desenvolvimento [dos impactos da guerra] e analisar os mercados para agir com as ferramentas disponíveis conforme necessário”.

    Mercados de ações

    EUA

    As ações americanas, que subiram de forma surpreendente na última sexta-feira (6), tiveram recuperação na tarde desta segunda (9), após caírem no início do pregão.

    O Dow Jones abriu a sessão em queda, mas subiu 174 pontos (0,5%) à tarde. Já o S&P 500 avançou 0,6% e o Nasdaq teve alta de 0,4%.

    O dia começou com os papéis em baixa devido ao temor de investidores globais de que o conflito em Israel pudesse se expandir, além do receio de que as tensões prolongadas no Oriente Médio prejudicassem a recuperação econômica global.

    No entanto, a inversão de sinal desta tarde sugere que Wall Street aguardando os riscos que o conflito no Oriente Médio poderá representar para os mercados.

    “Neste momento, há muitos ‘talvez’ e ‘se’ – e uma verdadeira falta de clareza”, disse David Donabedian, diretor de investimentos da CIBC Private Wealth US.

    Ele acrescenta que “os mercados continuarão de olho em tudo o que normalmente ficam, incluindo o aumento dos rendimentos dos títulos e as futuras decisões de política monetária do Federal Reserve”.

    Europa

    Na Europa, as ações também abriram em queda nesta segunda-feira (9), mas depois se estabilizaram, com o índice CAC 40 da França em queda 0,6% e o DAX em baixa de 0,7%. Já o FTSE 100 de Londres subiu 0,03%, apoiado pelos ganhos nas ações das empresas petrolíferas.

    Ásia

    Na Ásia, a reação inicial dos investidores foi mista.

    Na China continental, o Shanghai Composite caiu 0,4% após reabrir de uma semana de feriados. Enquanto isso, o S&P/ASX 200 da Austrália terminou em alta de 0,2%.

    O índice Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,2% após as negociações serem retomadas. Os mercados tinham sido suspensos após um tufão.

    Já os mercados no Japão e na Coreia do Sul estão fechados devido a feriados.

    A questão-chave para os mercados agora “é se o conflito permanece contido ou se se espalha para envolver outras regiões, especialmente a Arábia Saudita”, escreveram analistas da ANZ em relatório.

    “Pelo menos inicialmente, parece que os mercados assumirão que a situação permanecerá limitada em âmbito, duração e consequências no preço do petróleo. Mas pode-se esperar maior volatilidade”.

    *Com informações de Robert North, da CNN Internacional

    Veja também: Marido de brasileira é convocado pelo Exército de Israel e família perde contato

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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