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    Petrobras vê medidas debatidas pelo governo como equivocadas

    Governo debate aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido ou criar um Imposto de Exportação

    Caio Junqueirada CNN

    Fontes da Petrobras relataram à CNN ver com ceticismo o pacote de medidas que o governo e o Congresso Nacional debatem para tentar baixar o preço do combustível no país. O governo debate aumentar a Contribuição Social sobre Lucro Líquido ou criar um Imposto de Exportação.

    A avaliação é de que as propostas são totalmente equivocadas, que a atividade petrolífera é das mais sobretaxadas sendo que no Brasil cerca de 70% da receita líquida dos campos de petróleo já ficam com o estado.

    Integrantes da estatal consideram que o melhor caminho seria subsidiar setores específicos da população que são dependentes de combustível. A leitura é que da forma como o governo conduz o debate, grandes frotistas ganhariam, assim como classes mais desfavorecidas financeiramente, como trabalhadores de aplicativos. Há críticas também sobre mudança nas regras do jogo e receio de que possam afastar potenciais investidores.

    A ofensiva do Palácio do Planalto e do presidente da Câmara, Arthur Lira, nos últimos dias, foi considerada reducionista pela forma como foi colocada. Para altos funcionários da empresa com quem a CNN conversou, a Petrobras é muito maior que o debate que Brasília tenta colocar.

    Há, por exemplo, 11 plataformas sendo construídas a um custo estimado de R$ 7 bilhões cada uma, além de 12 novos projetos sendo incorporados. Um dos principais receios com mais uma mudança é de que haja descontinuidade deles.

    A expectativa, porém, é de que em meados da próxima semana já haja um novo presidente na estatal: Caio Paes de Andrade, indicado pelo governo para o posto. Até lá, Fernando Borges irá dividir a condição de presidente interino com a diretoria de Exploração e Produção. Ele, assim como a maioria dos demais diretores, têm mandato até março de 2023. Apenas um tem mandato até maio do ano que vem.