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    Petrobras tenta se blindar contra eventual mudança na presidência, dizem fontes

    Empresa consultou governo sobre alterações no Conselho

    Caio Junqueira

    A Petrobras deflagrou um movimento interno para tentar se blindar contra uma eventual interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL), dizem fontes da estatal.

    Na última quinta-feira (17), o diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Rodrigo Araujo Alves, encaminhou ao Ministério de Minas e Energia um e-mail na qual questiona se procedia que uma nova lista com conselheiros da estatal poderia ser apresentada na próxima assembleia geral ordinária, agendada para o dia 13 de abril. A resposta foi negativa. A informação foi confirmada à CNN pelo ministério.

    O motivo do e-mail foi seguir um rito de governança de que toda eventual mudança de impacto deva ser informada pelo acionista majoritário, no caso a União.

    A possibilidade de uma nova lista para o Conselho de Administração passou a ser aventada pelo governo como forma de substituir o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna. O presidente Jair Bolsonaro está incomodado com o último reajuste de preços dos combustíveis, e desde então vem fazendo críticas a Petrobras.

    Um dos integrantes da última lista para o conselho é Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, apontado como o preferido de Bolsonaro para assumir a Petrobras. Conforme revelou a CNN, Landim já defendeu a mudança na política de preços da estatal.

    Além do e-mail formal ao governo, a cúpula da estatal também vem buscando outras formas de se blindar. Uma delas é via diretoria-executiva. Isso porque é esse colegiado que define a pauta do Conselho de Administração. Assim, se for apresentada uma nova lista, ela só será apreciada pelo Conselho se a diretoria pautar. E toda a diretoria é ligada ao general Silva e Luna.

    Em outra frente, segundo fontes da estatal, os atuais conselheiros também têm conversado entre si sobre como reagir a uma eventual manobra do governo. Uma ideia que vem sendo levantada é, caso a lista sem o general avance, que outros conselheiros em um gesto de solidariedade, deixem o conselho junto com ele.