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    Petrobras perde R$ 223 bi e lidera lista de maiores quedas em valor de mercado

    Estatal foi prejudicada pela disputa por participação de mercado entre Arábia Saudita e Rússia, que derrubou o preço do petróleo em cerca de 60% no ano

    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019)
    Fachada da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro (16.Out.2019) Foto: Sergio Moraes/ Reuters

    Luís Lima Do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Em um trimestre conturbado para os mercados financeiros, a Petrobras sofreu uma perda de valor de R$ 223,6 bilhões, a maior entre as 281 empresas de capital aberto listadas na Bolsa brasileira, segundo levantamento da Economatica, divulgado nesta terça-feira (31). 

    A estatal foi prejudicada pela disputa por participação de mercado entre Arábia Saudita e Rússia, que derrubou o preço do petróleo em cerca de 60% no ano, além da cautela generalizada dos investidores, em meio à pandemia do novo coronavírus. 

    No geral, as empresas de capital aberto com ações na B3 tiveram uma queda de valor de mercado de R$ 1,56 trilhão, ainda de acordo com dados da Economatica.
     
    Depois da Petrobras, as maiores perdas no ano foram registradas por Bradesco e Itaú, com baixas de R$ 123,13 bilhões e R$ 116,25 bilhões, respectivamente. 
     
    Ambev, Santander e Banco do Brasil aparecem na sequência, com perdas de R$ 106,1 bilhões, R$ 81,7 bilhões e R$ 71 bilhões.
     
    Da sétima à décima colocação aparecem Vale (R$ 51 bilhões) BTG (R$ 46,4 bilhões), IRB (R$ 27,2 bilhões) e BB Seguridade (R$ 25,6 bilhões).

    Baixa histórica 

     
    Nesta sexta-feira, o Ibovespa terminou março com baixa de 29,9% em março, a maior desde agosto de 1998, ano marcado pela crise financeira russa. No trimestre, a perda acumulada de 36,86% é a maior desde o início da série histórica, em 1986, segundo dados da Economatica.
     
    O mês foi marcado por uma sequência de seis circuit breakers, quando a B3 precisou interromper diversas vezes as negociações, dadas as perdas vertiginosas. Na Bovespa, a alta acumulada na semana passada, de 9,48%, quebrou uma série de cinco com resultados negativos e trouxe algum alento.
     
    É consenso, no entanto, que a volatilidade não deve arrefecer, pois ainda não há sinais claros de recuperação das economias globais, impactadas pelo surto do COVID-19. 

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