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    Permanência da bandeira verde depende de volume de chuvas, diz Sachsida

    Reservatórios do Brasil encerram período seco com melhor patamar de chuvas desde 2011, segundo relatório, que prevê que bandeira verde continue até 2023

    Isabelle SalemeJoão Rosada CNN

    São Paulo e Brasília

    O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que, para manter as contas de luz na bandeira verde, ou seja, sem acréscimos, é preciso continuar chovendo. “A questão das bandeiras está muito relacionada a questão das chuvas, que, hoje, estão excelentes. A permanecer esse regime de chuvas, continua a bandeira verde”, afirmou.

    Segundo o relatório “Inter Setores Utilities”, realizado pelo Inter Research, com base em dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico, os reservatórios do Brasil encerram período seco com melhor patamar desde 2011. O levantamento prevê que a bandeira verde continue até 2023.

    Sachsida admitiu que o país ainda é muito dependente das hidrelétricas, mas afirmou que existe uma preocupação em diversificar a matriz de energia renovável.

    Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia publicou duas portarias relacionadas a geração de energia elétrica offshore, ou seja, fora da costa. Uma define as regras para cessão de uso dessas áreas. Já a outra determina diretrizes para criação de um portal de gestão de uso desses locais.

    “As eólicas offshore tem potencial de gerar milhares de empregos no Nordeste e energia barata para todo Brasil, ou seja, com as eólicas offshore, com a energia solar, estamos garantido energia barata, geração de emprego e renda para o nordeste e energia barata para todo o Brasil dinamizando a nossa indústria nacional”, disse Sachsida.

    Encontro sobre eficiência energética

    O ministro falou à CNN depois da participação, nesta terça-feira (25), em São Paulo, do XI Seminário Internacional Frotas & Fretes Verdes. O encontro, que tem como tema principal a eficiência energética, reuniu especialistas da iniciativa privada e pública para debater soluções inovadoras para o setor de transporte de passageiros, de cargas e de logística.

    Durante o evento, o diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras, Rafael Chaves Santos, afirmou que o Brasil é um exemplo de como fazer uma transição energética.

    O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, também comemorou a eficiência energética do país e a diminuição das emissões de gases do efeito estufa.

    “Eu gosto de falar o seguinte, 70% das emissões do mundo se dão para gerar eletricidade, no caso brasileiro é 7%, 14% das emissões são devido ao transporte, no caso brasileiro é 12%. Por que no caso brasileiro é 12? Primeiro por que é 7 e não 70? Porque temos 85% da nossa matriz é renovável”, afirmou Ferreira Júnior.

    O presidente da Eletrobras aproveitou para projetar o futuro da recém privatizada empresa. “Eu acho que vai ser em menos de 5 anos a maior empresa de energia renovável do mundo. É isso que o processo de privatização trouxe para nós, orgulho de ter uma das maiores, no futuro a maior, empresa de energia renovável do mundo”, afirmou.

    Competição é o que pode segurar o preço dos combustíveis

    Perguntado sobre a expectativa em cima do preço dos combustíveis, que voltou a subir, depois de uma série de reduções, o ministro Sachsida disse que um mercado competitivo pode ajudar a segurar os valores mais baixos.

    “Estamos trabalhando para que cada vez mais tenhamos competição no mercado dos combustíveis e com mais competição vamos garantir a gasolina, o diesel e o etanol a preços razoáveis e baratos para a população brasileira, porque são insumos básicos, combustível e energia barata quer dizer mais emprego, mais renda e mais investimento para economia brasileira”, concluiu.