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    Pela 1ª vez na história, Brasil tem juro real negativo no horizonte de 12 meses

    Pelos cálculos do economista da Infinitiv Asset, considerando a taxa de juros prevista para os próximos 12 meses, os juros reais no Brasil estão em -0,78%

    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017)
    Sede do Banco Central, em Brasília (16.mai.2017) Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

    Raquel Landimda CNN

    Com o novo corte na taxa Selic para 2,25% promovido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (18), o Brasil atingiu pela primeira vez em sua história juros reais negativos.

    Pelos cálculos do economista Jason Vieira da Infinitiv Asset, considerando a taxa de juros prevista para os próximos 12 meses, os juros reais no Brasil estão em -0,78%.

    O conceito de juros reais é a taxa de juros descontada a inflação projetada para o período. Ou seja, os títulos do governo brasileiro remunerados pela Selic não compensam a inflação.

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    Logo o investidor que deixar seu dinheiro nessa tipo de aplicação na prática perderá valor. É uma conjuntura altamente estimulativa da economia porque valeria muito mais a pena correr risco num negócio produtivo.Também é um forte estímulo ao consumo, porque quem compra algo a prestação, descontada a inflação, tem parcelas mais baratas do financiamento no futuro.

    O problema é o tamanho da crise e da aversão ao risco provocados pela pandemia, que reduz a eficácia da política monetária. “Os spreads devem seguir pressionados justamente pelo alto risco de inadimplência na carteira dos bancos”, diz Sérgio Vale, economista chefe da MB Associados.

    Traduzindo: o corte da taxa Selic não chega para as empresas porque os bancos estão com muito medo de calote. Dessa maneira, o efeito de estímulo ao investimento é bem menor do que deveria.

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