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    Parte da inflação é consequência de movimento internacional, diz economista da XP

    Resultado de 10,06% em 2021 foi o maior em seis anos e ficou acima do teto do Conselho Monetário Nacional (CMN)

    Douglas Portoda CNN em São Paulo

    O economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, analisou, nesta terça-feira (11), em entrevista à CNN, que a inflação de 10,06% em 2021, tem como um dos responsáveis a movimentação internacional que influenciou sua alta.

    “Boa parte da alta da inflação realmente é de um movimento internacional. Se fizer uma comparação da inflação no Brasil e em países como México, Estados Unidos e Alemanha, que são historicamente não tem inflação andando junto, do início até o final do ano passado, todos esses países tiveram uma boa aceleração”, explicou Caio.

    “Muito porque as medidas de combate a Covid-19 no mundo, tanto do lado de estipular a demanda quanto de fechar o comércio internacional, aquelas restrições que foram importantes e necessárias, mas que causaram problemas de suprimento, levaram a um aumento de custos global, e, portanto, a um aumento da inflação”, continuou.

    O resultado ficou acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 5,25%, sendo a maior em seis anos. Para Megale, a depreciação do Real também foi um dos fatores que contribuíram para o número.

    “A inflação internacional veio para o Brasil turbinada pela depreciação acelerada do Real. Muitas moedas se depreciaram no começo da pandemia, mas elas voltaram conforme a economia foi se normalizando. Mas o Real não. Ele saiu dos US$ 4 antes da pandemia, pulou para US$ 5,70, ficou muito volátil mas não voltou para patamares perto do pré-pandemia”, concluiu.