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    Para Fazenda, comunicado do Banco Central sobre juros foi “sabotagem”

    Integrantes do Planalto consideram "ruim" e "uma vergonha" teor do texto divulgado pelo Comitê de Política Monetária

    Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília
    Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/03/2023REUTERS/Adriano Machado

    Raquel LandimGabriela Pradoda CNN

    Em São Paulo

    Fontes do Ministério da Fazenda relataram à CNN que o comunicado do Banco Central “parece sabotagem”.

    Apesar da autoridade monetária ter cumprido a expectativa da manutenção da taxa básica de juros em 13,75%, integrantes do Planalto consideram “ruim” e “uma vergonha” a avaliação divulgada até agora pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

    Em comunicado sobre a decisão, o BC indica que a atual conjuntura “segue demandando cautela e parcimônia”.

    “O Comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, diz o comunicado.

    Desde a semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se mostrou impaciente com as sinalizações do Banco Central. Para interlocutores, Haddad disse que o país não aguenta seguir com essa taxa de juros. Na última segunda-feira (19), o ministro afirmou que a Selic já deveria ter caído em março.

    O Ministério da Fazenda entende que o governo fez tudo o que foi pactuado com o BC. Entre as medidas que o governo justifica estão a articulação para garantir o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Na avaliação da pasta, até agora, os sinais da instituição comandada por Roberto Campos Neto são ruins.