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    “Para 2022, esperamos uma redução no ritmo de empregos”, diz economista

    Baixas expectativas de crescimento da economia e a inflação elevada devem ser desafiadores para o mercado de trabalho e renda das famílias

    Giovanna GalvaniElis Francoda CNN*

    em São Paulo

    Apesar do recuo da taxa de desemprego de 12,6% para 11,6% no trimestre de setembro a novembro de 2021, conforme divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (28), a expectativa dos especialistas para o ano de 2022 não é de um ritmo melhor na evolução dos empregos no Brasil, e sim de uma redução.

    Em entrevista à CNN, a economista e sócia-diretora da Tendências Consultoria, Alessandra Ribeiro, afirmou que as baixas expectativas de crescimento da economia e a inflação elevada devem ser pontos desafiadores para o mercado de trabalho e para a renda das famílias.

    “O mercado de trabalho vai sofrer contração e a taxa de desemprego deve seguir alta”, disse.

    “Há algum espaço de geração de empregos com a volta dos serviços presenciais e inclusão dos trabalhadores informais, mas o pouco poder de barganha [dos informais] para negociar salários maiores vai continuar afetando o rendimento médio em 2022 de maneira negativa”, avaliou.

    Ribeiro disse também que destacaria “serviços essenciais e construção civil como grandes vetores de emprego ao longo de 2022”, e afirmou que não vê muito espaço de crescimento no agro e na indústria devido ao uso intensivo de maquinários, e não funcionários, nesses setores.

    A última PNAD mostra que o comércio foi o grande responsável pelo avanço da taxa de ocupação observada. O setor absorveu 719 mil pessoas a mais nos três meses até novembro em relação ao período anterior, uma alta de 4,1%.

    A indústria também contribuiu, com crescimento de 3,7% nas contratações no período, o que representa um acréscimo de 439 mil pessoas.

    Já o segmento de alojamento e alimentação, destacado pelo IBGE como um dos mais prejudicados desde o início da pandemia de Covid-19, mostrou alta de 9,3% no contingente de trabalhadores, ou 438 mil empregados a mais.

    *Com informações de Ligia Tuon, do CNN Brasil Business