Pandemia impacta produção de microchips e faz preço de eletroeletrônico subir
Escassez de componentes aliada a outros fatores faz valores dos eletroeletrônicos subirem até 40% no Brasil
A pandemia afetou a produção de microchips em países asiáticos, e a escassez dos componentes impactou o preço dos eletroeletrônicos no Brasil.
Os microchips são usados como semicondutores, componentes responsáveis por conduzir a energia elétrica para que celulares, computadores, televisores e carros, por exemplo, funcionem.
“A demanda por produtos que têm como componente o chip aumentou muito. Com isso, a gente gerou uma escassez geral no mercado mundial. Isso fez com que os preços não só subissem, mas também que não se conseguisse suprir a demanda”, explica à CNN Henrique Mascarenhas, diretor comercial e de negócios da GfK.
Além da escassez de microchips, o dólar em alta e o real cada vez mais desvalorizado agravaram o problema, fazendo o consumidor pagar até 40% a mais pelos eletroeletrônicos.
A Malásia, principal fornecedor de semicondutores do mundo, enfrenta uma alta de casos de Covid-19, por causa da variante Delta. Com isso, a escassez de microchips pode se prolongar até o ano que vem, e a perspectiva é de que os preços dos produtos eletrônicos continuem subindo.
“Com as fábricas voltando, deve-se regularizar o fornecimento, mas o consumo é muito grande. Além do volume, também as características técnicas dos semicondutores utilizados vem se tornando mais sofisticados. Nós entendemos que ainda teremos um pouco de problema pela frente. Isso vai demorar um pouquinho, não vai se resolver esse ano”, prevê o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores (Abisemi), Rogério Nunes.