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    Outubro Rosa: Seguro de vida pode ser acionado para tratar câncer de mama

    Veja dicas de quem já lutou contra a doença e especialistas em apólices para doenças graves

    Outubro Rosa: câncer de mama pode trazer, além de tudo, problemas financeiros
    Outubro Rosa: câncer de mama pode trazer, além de tudo, problemas financeiros Foto: Angiola Harry/Unsplash

    Manuela Tecchio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Fazer o autoexame, visitar periodicamente o médico, e cuidar bem da alimentação são conselhos que as mulheres frequentemente recebem para evitar o câncer de mama. Mas nesta campanha do Outubro Rosa, algumas especialistas recomendam atenção também com outro tipo de saúde: a financeira.

    Com gastos exorbitantes em consultas, tratamentos e remédios, as pacientes que recebem o diagnóstico acabam sofrendo, além de tudo, com as dívidas. E muitas nem sequer sabem que podem usar o seguro de vida para cobrir as despesas com a doença. 

    “O seguro é para a vida e não só para a morte”, diz a diretora de Vida e Previdência da Porto Seguro Fernanda Pasquarelli. A especialista explica que, com uma taxa a mais na mensalidade, é possível adicionar a cobertura para doenças graves como AVC, Alzheimer e câncer ao seguro básico que premia em caso de óbito. 

    No caso da Porto Seguro, o segurado pode resgatar 50% do valor do prêmio caso adoeça com alguma das 20 a 27 enfermidades cobertas pelo adicional. E mesmo que seja preciso acionar o seguro, o valor da compensação ao beneficiário em caso de morte não muda, permanece integral.

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    Não à toa, cada vez mais mulheres têm se antecipado aos problemas de saúde e pensado nos familiares mais próximos. De acordo com os dados da seguradora, de janeiro a agosto desse ano, a venda de apólices para mulheres cresceu 31% no geral. A preocupação vem cada vez mais cedo: entre as mais jovens, de até 29 anos, a procura cresceu em 16%.

    “A gente vê cada vez mais mulheres contratando e especialmente as mais jovens. Essa preocupação está vindo cada vez mais cedo e é bem legal ver esse movimento acontecer. Está chegando ao fim aquela ideia de contratar um seguro porque a velhice está mais próxima”, conta Pasquarelli.

    A consultora de investimentos credenciada pela CVM e planejadora certificada pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, Viviane Ferreira, tinha um seguro de vida que cobria doenças graves. Mas quando foi diagnosticada com câncer de mama pela primeira vez, em 2008, percebeu que estava descoberta.

    Um cartão clonado e uma série de imprevistos fizeram com que as mensalidades atrasassem e o seguro não cobrisse seu tratamento. “Por sorte, eu tinha uma boa reserva e um plano de saúde que me ajudou bastante também, mas tive que desembolsar muita coisa”, lembra Ferreira.

    Para que esse tipo de problema não aconteça, a diretora da Porto Seguro diz que toma todos os cuidados para assegurar que o atraso dos pagamentos dos clientes não ultrapasse os 90 dias, que é quando o seguro fica suspenso. 

    “Quando a gente percebe um pequeno atraso, a gente corre de todas as formas possíveis para não deixar esse cliente descoberto. A gente sabe que imprevistos acontecem”, conta Pasquarelli.

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    Planejamento financeiro

    Ferreira, que já trabalhou com clientes como Monsanto, Johnson & Johnson e Petrobrás, hoje conscientiza mulheres vítimas do câncer de mama a cuidarem melhor das próprias finanças como uma forma de ter mais tranquilidade em momentos de crise, seja na saúde, seja na vida pessoal. 

    “Eu vivi uma fase muito difícil. Quando eu fui diagnosticada, percebi que não estava mais feliz no meu casamento. Pedi meu divórcio quando já estava careca, por causa da quimioterapia. Minhas reservas financeiras foram fundamentais na separação. Eu recebo depoimentos de mulheres que queriam fazer a mesma coisa, se divorciar, mas não conseguem porque falta independência financeira”, conta.

    Para quem não sabe por onde começar, a consultora recomenda “se apropriar dos próprios números”. Ou seja, conhecer exatamente quais são as próprias rendas e gastos, já que a maioria das pessoas tem uma ideia distorcida desses dados. Em segundo lugar, montar o que ela chama de “reserva de sossego”, trocando a palavra “emergência”, por uma mais positiva. 

    “Isso vai muito além dos números, isso mexe com todos os recursos da nossa vida. Tem a ver com escolhas”, diz Ferreira.

    Hoje, a planejadora financeira dá palestras sobre o tema e disponibiliza um livro gratuito que conta sua história e dá conselhos práticos para mulheres e famílias que lutam contra o câncer. A obra “Vivificar, Superando O Imponderável” pode ser acessada no site oficial da consultora

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