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    Operadoras que ofertarão o 5G terão desafios municipais, diz economista

    Em entrevista à CNN, especialista falou sobre o leilão do 5G, que teve fim na última sexta (5)

    Produzido por Ludmila Candal e Renata Souzada CNN

    em São Paulo

    Na última sexta-feira (5) teve fim o leilão para exploração do 5G no Brasil, que definiu quais empresas poderão ofertar a nova tecnologia para os brasileiros. Em entrevista à CNN, o economista e especialista em regulação econômica, Luiz Henrique Barbosa, falou sobre os desafios que as operadoras terão para implantar o 5G no país.

    Para ele, o principal desafio é local. “A gente tem empresas com a estrutura, mas a densidade de antenas é muito maior, cerca de cinco vezes maior do que a de tecnologias anteriores. Para isso, é preciso ter relacionamento com as municipalidades, e esse é um processo moroso e difícil”, afirmou.

    Barbosa disse ainda que mesmo com a Lei Geral das Antenas, que buscou padronizar as exigências para implantação da infraestrutura no país, são muitas as variáveis. “É um esforço que o setor fez em 2015 porque sempre houve dificuldade para implantar estrutura. Com 5.570 municípios, nós temos 5.570 possibilidades diferentes”, disse.

    O especialista afirma que a legislação brasileira é outro desafio. “Infelizmente, o Brasil está atrasado. Com uma lei que não pode ser cumprida, empresas acabam indo para a Justiça e fazendo pedidos de liminar para poder ter a permissão de implementação de estrutura. Outros países têm a consciência que as telecomunicações ajudam no desenvolvimento local”, afirmou.

    A meta da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) é que até julho de 2022 todas as capitais do país tenham a cobertura do 5G.

    “O leilão foi desenhado de modo que as grandes operadoras já estabelecidas tenham o compromisso de cobrir as grandes cidades, e as operadoras regionais tenham o compromisso com as cidades menores”, disse Barbosa.

    Quanto ao custo para o usuário final, o especialista afirmou que “a tendência é que se atenda com os preços atuais” e que em cinco anos seja possível que a maior parte do Brasil já possua a cobertura 5G.

    “Até hoje temos lugares que não temos telefonia móvel adequada. Pelo fato de ter concorrência e operadoras com foco para alguns objetivos, acreditamos que em cinco anos a gente tenha essa tecnologia madura e disponível para toda a população”, disse.