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    Opep corta previsão de alta na demanda por petróleo a 2,5 mi de barris por dia

    Organização revisou para baixo sua projeção de aumento na demanda global pela commodity em 2022, anteriormente em 2,6 milhões de barris por dia

    Estadão Conteúdo

    A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) revisou para baixo sua projeção de aumento na demanda global por petróleo em 2022, de 2,6 milhões de barris por dia (bpd) para 2 5 milhões de bpd, segundo relatório mensal publicado nesta segunda-feira, 14.

    A Opep estima que a demanda de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) responderá por 1,3 milhão de bpd do total previsto. Já a projeção de crescimento da demanda de nações de fora do grupo também é de 1,3 milhão de bpd.

    Para 2023, a Opep também cortou sua projeção de alta no consumo global, de 2,3 milhões de bpd para 2,2 milhões de bpd.

    Oferta fora do grupo

    A Opep manteve sua previsão para o aumento da oferta de petróleo de produtores fora do grupo em 2022, em 1,9 milhão de barris por dia, segundo o relatório mensal.

    Os países que devem mais contribuir para o aumento da oferta este ano são Estados Unidos, Noruega, Canadá, Brasil, Casaquistão e Guiana, diz a organização. Na outra ponta, a produção deve cair na Rússia e no México.

    Para 2023, a Opep também manteve sua projeção de aumento da oferta fora do grupo, de 1,5 milhão de bpd.

    Produção de líquidos do Brasil

    O Opep prevê que o Brasil eleve sua produção de líquidos, que inclui biocombustíveis, em 0,1 milhão de barris por dia (mb/d), apara 3,7 mb/d, segundo relatório mensal. Para 2023, a previsão também é de crescimento, de 0,2 mb/d, para 3,9 mb/d.

    Segundo a Opep, no ano que vem, “grande parte do crescimento da produção será a partir da fronteira do pré-sal”.

    Produção do grupo entre setembro e outubro

    A produção dos 13 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) recuou 210 mil barris por dia (bpd) entre setembro e outubro, a 29,49 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. A informação consta no relatório mensal da entidade.

    A Opep relata que a produção cresceu especialmente na Nigéria e no Iraque, mas recuou na Arábia Saudita e Angola.

    Além da queda na produção do cartel, a entidade expressou preocupação quanto a “incertezas consideráveis” sobre o potencial de produção de xisto nos EUA, além da situação geopolítica no Leste Europeu, que pode acarretar em sanções da União Europeia (UE) sobre o petróleo da Rússia.

    No relatório mensal, a Opep destaca também o aumento de 158 milhões de barris nos estoques globais de petróleo desde o começo do ano. “Isto sublinha a aparente mudança de um equilíbrio de déficit para um superávit em termos de oferta de petróleo”, pondera o cartel.

    Projeções de atividade global

    A Opep manteve inalterada suas previsões para o crescimento econômico mundial em 2022 e 2023, em 2,7% e 2,5%, respectivamente. No relatório mensal, a entidade afirma que também manteve sua projeção de crescimento para os EUA, em 1,5% em 2022 e 0,8% em 2023, e para a zona do euro crescimento – 3,0% em 2022 e 0,3% em 2023.

    O mesmo ocorre para a China, cuja previsão de expansão é de 3,1% em 2022 e 4,8% em 2023.

    Para o Brasil a previsão de expansão econômica ficou inalterada em 1,5% para 2022 e 1% para 2023.

    A Opep ainda prevê contração do PIB da Rússia em 2022 de 5,7%, seguida por um crescimento de 0,2% em 2023, inalterada em relação à avaliação do mês passado.

    Para a Opep, “o crescimento global entrou claramente em um período de incerteza significativa e desafios crescentes. Isso inclui altos níveis de inflação e as consequências de aperto monetário por parte dos principais bancos centrais, altos níveis de dívida soberana em muitas regiões e problemas nas cadeias de suprimentos”.

    A Opep ainda destaca questões geopolíticas e relacionadas à covid-19 como fontes de incerteza.