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    ONS prevê leve melhora na vazão dos reservatórios do Sul e Sudeste

    Aumento da vazão será proporcionado pelas chuvas localizadas nas bacias dos principais reservatórios da região na próxima semana

    Chuvas elevaram volume dos reservatórios de água de SP, mas níveis ainda estão baixos
    Chuvas elevaram volume dos reservatórios de água de SP, mas níveis ainda estão baixos Foto: Divulgação/Sabesp

    Isabelle Resendeda CNN

    no Rio de Janeiro

    O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê uma pequena melhora para a semana de 9 a 15 de outubro na vazão dos reservatórios para as regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, que devem chegar a 112% e 153% da Média de Longo Termo (MLT), respectivamente. A MLT é quantidade de chuvas que alimenta a vazão dos rios. Estima-se uma vazão em 12% acima da média.

    Essa melhora, segundo o ONS, se deve à atuação de áreas de instabilidade que ocasionará chuvas nas regiões Sul e Sudeste, onde estão localizadas as bacias dos rios Iguaçu, Paranapanema, Tietê, Grande e Doce. Os totais previstos de precipitação são superiores à média semanal, segundo o relatório. As temperaturas mais amenas também ajudam nesse processo.

    De acordo com o conselheiro da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Ricardo Costa, a tendência é de uma pequena melhora tanto na quantidade de chuvas quanto no nível dos reservatórios, já que estamos saindo do período seco e entrando no período úmido.

    “A expectativa é de que, nas próximas semanas, tenhamos um volume de chuvas 50% acima da média histórica para o período. Mesmo assim ainda estamos muito longe de conseguir elevar o nível dos reservatórios a patamares ideais. Para isso precisamos de mais períodos chuvosos daqui a no mínimo três anos “- ressalta o especialista.

    Já as bacias hidrográficas localizadas na região Norte permanecem apresentando pancadas de chuva, típica desta época do ano. Mas apesar disso a previsão é de que haja um recuo na vazão dos reservatórios do subsistema nordeste.

    De acordo com o ONS, esse aumento no volume de água nos reservatórios irá influenciar na queda de 53,37% do Custo Marginal de Operação (CMO) em todos os subsistemas, passando de R$ 426,20/MWh para os atuais R$ 198,74/MWh.

    O relatório semanal foi divulgado pelo Operador nesta sexta-feira (08). Ainda de acordo com o documento, as afluências no Norte devem chegar a 75% da MLT, enquanto no Nordeste ficarão em 33% da MLT.

    Para a próxima semana operativa (9 a 15 de outubro) a previsão é de aumento nas afluências dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte e recessão nas afluências do subsistema nordeste, na comparação com a semana anterior.

    Já os níveis dos reservatórios apontam sinais de recuperação em relação ao início do mês. O Sul deve terminar outubro com 49,5%, seguido pelo Norte com 45,8% da capacidade. Os reservatórios do Nordeste devem ficar com 35,5% e do Sudeste/Centro-Oeste, com 15,2% do volume.

    Apesar do aumento da vazão dos reservatórios para a próxima semana operativa, a previsão para o mês de outubro ainda indica que as afluências ficarão abaixo da média histórica para os subsistemas Nordeste e Norte, na média histórica para o subsistema Sudeste/ Centro-Oeste e acima da média histórica para o subsistema sul.

    O documento revisou também a previsão de carga para o mês de outubro, que deverá ter um recuo de 0,1% no Sistema Interligado Nacional (SIN), em comparação ao mesmo período de 2020, chegando a 71.163 MW médios. Apesar da expansão do setor industrial a redução da carga está relacionada a fatores climáticos como a previsão de temperaturas mais amenas, nas regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste.

    O Nordeste mantém o destaque e deve ter crescimento de 3,7% com 12.231MW médios, na sequência está a região Norte também mantendo a carga em elevação com 2,6% e 6.206MW médios. Já nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste a carga fica negativa em 1,5% e 1,1%, respectivamente, atingindo 11.687MW médios e 41.039MW médios.