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    Ômicron e efeito sazonal afetaram vendas em janeiro; juros preocupam, diz Anfavea

    À CNN Rádio, o presidente da associação que representa montadoras de veículos, Luiz Carlos Moraes, avaliou que 2022 será desafiador, mas previsão é de crescimento para o setor

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    Carros ESTADÃO CONTEÚDO

    Amanda Garciada CNN

    A queda de 27,4% da produção de veículos em janeiro em relação ao mesmo período em 2021 se deu por causa de uma “combinação de fatores”, de acordo com o presidente da Anfavea, a associação que representa as montadoras, Luiz Carlos Moraes.

    Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que o mês de janeiro é “normalmente mais fraco para a indústria”, devido às férias e ao Carnaval em fevereiro, para o setor retomar o segundo semestre mais forte: “É uma sazonalidade normal.”

    Mesmo assim, neste ano, houve o impacto da Ômicron. “A variante afetou a cadeira produtiva como um todo, fornecedores, montadoras, concessionárias”, afirmou Luiz Carlos Moraes.

    As chuvas, segundo ele, também foram um fator, já que concessionárias foram afetadas com inundações e menos consumidores estiveram nas lojas.Tudo isso faz de 2022 “um ano desafiador”: “Estimamos um crescimento total de 8,5% em relação ao ano passado, o que vai dar 2,3 milhões de carros emplacados.”

    “Esse número é baixo da capacidade de produção, mas há crescimento. Ainda temos o desafio da falta de semicondutores e da própria economia, com taxa de juros alta e endividamento das famílias”, completou.

    O presidente da Anfavea disse que “há preocupação com a taxa de juros”: “Mais de 60% da nossa venda para a pessoas físicas é por financiamento, dados do Banco Central indicam que o CDC, que é a base, está em 26% ao ano, e vem mais ’paulada da Selic’, estamos preocupados.

    ”Ao mesmo tempo, ele avalia que “entende que o BC tem que reagir para controle da inflação, mas a dosagem nos preocupa, todos os países estão enfrentando inflação, mas não adianta controlá-la e derrubar a economia.”