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    OMC quer proximidade com FMI e OCDE para estabelecer preço do carbono

    Segundo a diretora da organização, é preciso que medidas sejam tomadas de maneira igualitária para garantir uma "transição justa"

    Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo

    A diretora-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, defendeu nesta segunda-feira (14) um trabalho próximo entre sua entidade, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a fim de estabelecer uma abordagem comum no estabelecimento de preços de carbono.

    Segundo ela, é importante que as medidas nessa frente não sejam adotadas de uma maneira discriminatória e que as necessidades do países em desenvolvimento e os menos desenvolvidos possam garantir “uma transição justa”.

    Okonjo-Iweala falou durante evento virtual do governo de Bangladesh. Ela argumentou que a OMC pode ter um papel crucial para dar apoio aos países que necessitam uma transição verde bem-sucedida.

    Segundo a autoridade, muitos países em desenvolvimento temem que medidas ambientais possam na prática ser pretextos para o protecionismo contra suas exportações.

    Uma solução ideal, defendeu, seria uma abordagem compartilhada no mercado global de carbono, alinhada com o Acordo de Paris e seus princípios, “embora politicamente ainda não tenhamos chegado lá”.

    Para a diretora-gerente da OMC, a redução nas barreiras comerciais a produtos e serviços conduzidos de forma ambientalmente correta reduziria custos de energia renovável e também os custos de capital para a construção de infraestrutura resistente a mudanças climáticas.

    Ela destacou o papel dessas mudanças também na geração de empregos, especialmente de mulheres, citando a África como exemplo.