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    Obras da Jornada das Águas vão levar água a quase 5 milhões de cearenses

    Com a transposição do Rio São Francisco, o nordeste, que tem apenas 3% da água doce do Brasil, agora recebe as águas do rio

    Tainá Farfanda CNN

    Em Luís Gomes

    Ações de preservação e novas obras devem garantir o acesso à água para muitas comunidades no Brasil. No Ceará, a construção de um canal vai levar água a moradores de 54 cidades.

    Com a transposição do Rio São Francisco, estados nordestinos, que têm apenas 3% da água doce do Brasil, agora recebem as águas do rio que nasce em Minas Gerais. Doze milhões de nordestinos que sofrem com a seca do sertão começam a sentir a diferença em suas rotinas.

    Porém, para que a água chegue a toda população, novos trechos de dutos estão sendo construídos, chamados de “canais-acessórios”, que levam a água dos eixos principais da transposição para o interior.

    No terceiro dia de viagem, a Jornada das Águas parou em Russas, no interior do Ceará. A cidade, que possui 79 mil habitantes, será beneficiada com a construção do “Ramal do Salgado”, um tipo de canal que levará água a 4,7 milhões de pessoas, de 54 cidades cearenses.

    O edital foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O investimento será de R$ 600 milhões.

    Também foi assinada a ordem de serviço para a recuperação da barragem Banabuiú, uma obra que deve levar água para consumo e atividades agrícolas para cerca de 20 mil pessoas do Ceará. O governo deve gastar mais de R$ 15 milhões no projeto, que tem previsão de entrega para maio de 2022.

    Também foi anunciada, pelo governo, a criação do fundo de desenvolvimento regional sustentável, que será criado a partir de recursos do Fundo Garantidor de Infraestrutura, avaliado em R$ 750 milhões. A verba será usada para desenvolver projetos de concessões público-privadas em áreas que precisam de saneamento, mobilidade urbana e gestão de resíduos sólidos.

    As obras ajudarão muitas pessoas, afinal o Brasil ainda tem cerca de 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada, enquanto 100 milhões não têm coleta de esgoto e 60 milhões vivem em cidades com risco de desabastecimento de água.