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    Obra de arte mais cara do mundo faz crítica ao sistema educacional dos EUA

    A obra não tem os detalhes realistas de Davi, de Michelangelo, nem o jogo de luz e sombra de As Meninas, de Diego Velázquez

    Foto: Reprodução / Twitter

    Juliana Faddul, colaboração para o CNN Brasil Business

     

    Avaliada em quase US$ 470 milhões, a dita “atual obra de arte mais cara do mundo” não tem os detalhes realistas de Davi, de Michelangelo, nem o jogo de luz e sombra de As Meninas, de Diego Velázquez. Mas algo igualmente trabalhoso para se conseguir: um diploma universitário.

    São 2.600 diplomas universitários amarrados em formato de espiral, como se fosse um caleidoscópio. Considerando que cada diploma “custou” US$ 180 mil, preço médio de quatro anos de um curso universitário, a instalação se torna mais cara que quadro Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, vendido em 2017 em leilão por US$ 450,3 milhões.

     

    A obra foi feita pelo artista Ethan Jakob Craft e batizada de ‘Da Vinci of Debt’ (Da Vinci da Dívida, numa tradução livre). Exposta no terminal Grand Central, em Nova York, o mecenas de Craft foi o grupo Anheuser-Busch. A ação de marketing tinha a cervejaria Natural Light, bebida patrona dos universitários norte-americanos, por trás.

    “Crédito estudantil é um dos mais importantes e terríveis problemas para os norte-americanos hoje em dia. Nós escolhemos a arte como um meio de expor isso. Vimos que os preços de peças de arte poderia ser uma excelente analogia para quatro anos de estudos universitários”, fala Daniel Blake, vice-presidente de marketing da Anheuser-Busch.

    Como parte da ação, o grupo ainda irá disponibilizar US$ 1 milhão para que estudantes possam pagar seus estudos.

    Quem tiver interesse, mas não planos para ir à Nova York, pode ver o trabalho online através deste site.