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    O bilionário colombiano Jaime Gilinksi toma o controle do Metro Bank britânico

    Acordo faz parte de resgate do banco britânico após diversas crises, possibilitando pagamento de dívidas e restruturação de negócios

    As ações do Metro Bank subiram cerca de 22% esta segunda, mas perderam em torno de 55% no decorrer do ano
    As ações do Metro Bank subiram cerca de 22% esta segunda, mas perderam em torno de 55% no decorrer do ano Foto: Benoit Tessier/Reuters

    Melissa Velásquez Loaiza

    Jaime Gilinski Bacal, empresário colombiano do setor bancário e imobiliário, tomou o controle do Metro Bank em acordo que faz parte de um plano de resgate maior para tampar buraco nas finanças do credor britânico.

    Neste domingo (8), o banco britânico informou em comunicado de última hora que arrecadou £325 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) dos investidores, divididos em £150 milhões (R$ 942 milhões) em capital e £175 milhões (R$ 1 bilhão) em dívida.

    Do novo capital captado, o Spaldy Investments, de Gilinski Bacal, aportará £102 milhões (R$ 641 milhões), aumentando sua participação atual de 9% para 53%. O Metro Bank foi inaugurado em 2010 como o primeiro banco que desafiava os principais bancos britânicos — inclusive o Lloyds, Barclayse HSBC — em mais de 100 anos.

    A ampliação de capital ocorre depois de vendas de ações do banco na semana passada, desencadeada por informações que apontavam a busca de novos fundos.

    As ações do Metro Bank subiram cerca de 22% esta segunda, mas perderam em torno de 55% no decorrer do ano.

    Daniel Frumkin, CEO do Metro Bank, diz que a operação “marca um novo capítulo” par a entidade, que tem registrado perdas durante alguns anos. Frumkin irá investir até £2 milhões (R$ 12,6 milhões) na ampliação de capital.

    Gilinski Bacal, investidor do Metro Bank desde 2019, acrescentou: “A oportunidade de me converter em um dos principais acionistas do banco está sendo impulsionada pela minha confiança na necessidade de serviços bancários físicos e digitais focada em um excelente serviço ao cliente”.

    Segundo a Forbes, Gilinski Bacal construiu um dos maiores impérios bancários da América Latina através de uma série de fusões e aquisições. A publicação estima seu patrimônio líquido US$ 5,3 bilhões (R$ 26,6 bilhões). Sua filha, Dorita Gilinski, forma parte do conselho de administração do Metro Bank.

    O Metro Bank tem passado por anos desafiadores. Depois de registrar perdas em 2019, embarcou em uma mudança de rumos no ano seguinte, porém foi atingido pela pandemia da Covid-19.

    A piora da economia também impulsionou um aumento das dívidas e o banco registrou uma perda de £311 milhões (R$ 1,9 bilhão) em 2020, se aprofundando nos dois anos seguintes.

    Contudo, o banco informou nesta segunda-feira que obteve lucro no trimestre encerrado em 30 de setembro. As ações foram pressionadas desde meados de setembro, quando os reguladores do Reino Unido recusaram a petição de deter menor capital nas hipotecas residenciais.

    Na semana passada, a agência de classificação Fitch colocou o credor em alerta por um possível rebaixamento de sua classificação de crédito, citando os riscos para sua posição de capital, financiamento e modelo de negócios. O banco tem dezenas de sucursais em toda a nação e diz que sua ambição é ser o principal “banco comunitário” do Reino Unido.

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    *Publicado por Marien Ramos

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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