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    Novo arcabouço fiscal deve ser crível, diz ex-vice-presidente do Banco Mundial

    Em entrevista à CNN, Otaviano Canuto avaliou que novas regras fiscais, "que devem vigorar de 2024 em diante", devem ser "críveis" e que "não alterem as perspectivas fiscais de médio e longo prazo"

    Reprodução/CNN

    Tamara NassifEster Cassaviada CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (2), Otaviano Canuto, ex-vice-presidente do Banco Mundial, avaliou que as novas regras fiscais, “que devem vigorar de 2024 em diante”, devem ser “críveis” e que “não alterem as perspectivas fiscais de médio e longo prazo”.

    “O desafio é achar um meio-termo entre compromissos de manter o Bolsa Família como está, de maneira que seja compatível legalmente com o arcabouço em vigor, e propor um novo arcabouço que seja crível e não altere as perspectivas fiscais de médio e longo prazo a ponto de mexer com a taxa de juros cobrada pelos credores”, declarou ele.

    “A qualidade do novo arcabouço fiscal a ser proposto vai importar muito. Lembrando que esse novo arcabouço vai exigir mudanças legais e, portanto, não é crível que a gente já o tenha em vigor no ano que vem. Estamos falando de algo para 2024 em diante, e, em 2023, vamos ter o que temos, que é o teto de gastos ajeitado para caber a despesa com o Bolsa Família.”

    Segundo Canuto, é essa busca por equilíbrio que vai desenhar a perspectiva da taxa de juros do país.

    “O Banco Central vai ter uma margem para reduzir juros, quando a inflação cair, dependendo da percepção do caminho fiscal. A decisão de política monetária também deve encontrar isso”, disse.

    “A bola está com a definição do novo arcabouço fiscal e uma correspondente credibilidade.”

    Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima.