Governo vai fechar ano com déficit de R$ 130 bilhões nas contas públicas, diz Haddad
De acordo com o chefe da Economia, o número já estava previsto na lei orçamentária de 2023 e é bem menor que o autorizado, em cerca de R$ 230 bilhões
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o déficit nas contas públicas deste ano chegará a R$ 130 bilhões, R$ 30 bilhões a mais que o prometido por ele no começo do ano. No entanto, de acordo com o chefe da Economia, o número já estava previsto na lei orçamentária de 2023 e é bem menor que o autorizado, em cerca de R$ 230 bilhões.
Haddad disse que houve “problemas herdados do governo anterior”, com várias rubricas que estavam descobertas, como a recriação do Bolsa Família, que no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi substituído pelo Auxílio Brasil. Além da recriação de mais de 10 ministérios.
“Então, o déficit estimado para o ano de 2023, feito pelo governo anterior, já estava nesse patamar. Isso é dado da realidade, não acusação, reclamação”, disse Haddad em café da manhã com jornalistas na manhã desta sexta-feira (22).
O ministro disse que já colocou na conta R$ 20 bilhões que corresponde à compensação de estados e municípios pela perda de ICMS sobre combustíveis. No entanto, o rombo ainda não computa o valor do pagamento de precatórios.
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de R$ 93 bilhões em créditos extras para realizar os pagamentos
“Os precatórios, é pagamento de calote. É algo com que concordamos. Não dá para não pagar dívida ordenada pelo Judiciário e transitada em julgado. Ao longo do ano, refletimos muito sobre como lidar com esse calote. Era a bomba-relógio armada para 2027. Nós agimos junto ao STF para pacificar o assunto. Resolvemos botar pá de cal nesse assunto”, disse.