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    “Nosso grão valeu mais do que nos últimos anos”, diz presidente da Siran

    Alta do dólar fez Brasil ter faturamento recorde com exportação de grãos; próxima safra, no entanto, preocupa produtores

    Ester Cassavia*da CNN

    A alta do dólar fez o Brasil atingir um recorde nas exportações de grãos no primeiro semestre de 2022. Em entrevista à CNN neste domingo (14), o presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), Thomas Rocco, celebrou os resultados, mas disse estar preocupado com os resultados da próxima safra diante da variação do câmbio.

    “O nosso grão valeu mais reais do que ele valia nos últimos anos, isso trouxe um reflexo positivo”, disse Rocco. A justifica apontada pelo presidente do sindicato é a alta do dólar em relação ao real.

    “A gente vive um agronegócio global. Então, basicamente, as cotações são formadas no mercado externo e balizadas todas elas em dólar. Então, no primeiro semestre, nós vivemos uma valorização do câmbio e isso trouxe, em um primeiro momento, um reflexo positivo para a atividade pecuária e para nós produtores rurais”, afirma Rocco.

    Como mostrou a CNN, a safra agrícola de 2022 deverá totalizar 263,4 milhões de toneladas, alta de 4,0% em relação ao resultado de 2021, o equivalente a 10,2 milhões de toneladas a mais, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de julho, divulgado nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se confirmada, será uma safra recorde.

    De acordo com ele, no entanto, o segundo semestre preocupa. Isso porque o custo de produção cresceu e os produtores não sabem como estará o câmbio no ano que vem, quando eles venderão os grãos em dólar. Segundo o presidente do Siran, o cenário global e doméstico também traz incertezas ao produtor.

    “Nós estamos imersos em uma série de questões, então a gente olha a guerra da Ucrânia e Rússia, isso impactando as bolsas mundo afora. Você olha para dentro do país e tem um ano eleitoral. Os produtores rurais sempre ficam preocupados em anos eleitorais, porque existem incertezas”, avalia Rocco, que aponta incertezas quanto à taxa de juros.

    Publicado por Daniel Reis. *Sob supervisão de Elis Franco