S&P e Fitch projetam impacto limitado de chuvas no RS em seguradoras
Número de municípios atingidos chega a 447
Duas das principais agências de classificação de risco do mercado global apontaram que as chuvas no Rio Grande do Sul terão impactos limitados sobre as seguradoras.
Para a S&P, a tragédia climática pode ter mais efeito sobre bancos, mas com efeito menor em companhias de seguro.
“Acreditamos que pode haver consequências significativas para o setor agrícola, serviços, propriedade privada e infraestrutura pública do Estado”, disse a S&P.
A S&P também antecipou riscos para empréstimos a pequenas e médias empresas, empréstimos ao consumidor e cartões de crédito.
Outra agência, a Fitch Ratings, também disse nesta segunda-feira esperar um impacto limitado nas seguradoras brasileiras decorrente das fortes chuvas que assolam o estado gaúcho há dias, afirmando que as inundações não devem afetar negativamente seu capital.
“A expectativa da Fitch é de que a indústria brasileira de seguros administre de forma eficaz o impacto das fortes chuvas, com os resultados provavelmente permanecendo dentro das projeções de ratings atuais”, afirmou.
“Apesar do desafio em quantificar as perdas exatas nesta fase, a penetração limitada dos seguros no mercado e a baixa concentração destes produtos na região sugerem que o impacto nos resultados financeiros das seguradoras nos próximos trimestres deve ser mínimo ou pouco significativo.”
No setor bancário brasileiro, a Fitch colocou ratings de três instituições financeiras em observação negativa devido às incertezas em relação ao impacto causado pelas fortes chuvas e inundações no Rio Grande do Sul, são elas: Banrisul, Banco Sicredi e Unicred Porto Alegre.
Chegou a 147 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado na manhã desta segunda (13). O número de municípios afetados permanece em 447.
A tragédia climática poderá fazer com que a economia gaúcha termine o ano de 2024 com crescimento praticamente zero, segundo previsão do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco em relatório publicado na semana passada.