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    Johnson & Johnson avança com acordo de US$ 6,47 bilhões em ações judiciais sobre talco cancerígeno

    Plano permitiria uma resolução "consensual" dentro do período de recuperação judicial de uma das subsidiárias da Johnson & Johnson

    Escritório da Johnson & Johnson na Califórnia, EUA
    Escritório da Johnson & Johnson na Califórnia, EUA 14/10/2020 REUTERS/Mike Blake

    Laís Adriana*, do Estadão Conteúdo

    A Johnson & Johnson (J&J) propôs um “plano de reorganização”, no valor de US$ 6,5 bilhões, para encerrar todos os processos judiciais relacionados a acusações de que produtos de talco provocaram câncer de ovário em consumidoras dos Estados Unidos, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira, 1º. A proposta ainda precisa ser votada e aprovada por 75% das requerentes para entrar em vigor.

    Se aprovado, o plano permitiria uma resolução “consensual” dentro do período de recuperação judicial da LLT, subsidiária da Johnson & Johnson. Duas tentativas anteriores de resolver os passivos por meio da subsidiária, em 2021 e em 2023, falharam após tribunais concluírem que LLT não se qualificava para o pedido de falência do capítulo 11.

    O acordo deve resolver 99,75% dos processos pendentes relacionados ao talco e efeitos sobre câncer de ovário, envolvendo a multinacional americana do setor farmacêutico, suas subsidiárias e fornecedoras de suprimentos.

    Outras ações judiciais relacionadas ao mesotelioma, um tipo de câncer de pulmão, serão resolvidas separadamente, informou a Johnson & Johnson.

    O plano proposto comprometeria a farmacêutica a pagar para as requerentes um valor de aproximadamente US$ 6,475 bilhões ao longo de 25 anos.

    De acordo com o Wall Street Journal, isso o classificaria como um dos maiores acordos de danos em massa de todos os tempos.

    Após o anúncio da proposta, a ação da Johnson & Johnson subia 4,37% em Nova York, às 14h30 (de Brasília).