Indicado para comando da Petrobras passará por processo mais longo e troca deve ficar para julho
Governo precisa indicar membros do conselho de administração para efetivar Caio Paes de Andrade na presidência da estatal
Após se reunir por cerca de 10 horas, o Conselho de Administração da Petrobras elencou uma série de requisitos para a eleição de Caio Paes de Andrade à presidência da companhia.
Fontes da companhia avaliam que o processo será mais longo do que o enfrentado por José Mauro Ferreira Coelho, demitido na última segunda-feira (23), e que pode levar entre 45 e 60 dias.
Por ora, a bola está com o governo, que precisa indicar os substitutos para os demais conselheiros eleitos pelo sistema de voto múltiplo.
O ofício do Ministério de Minas e Energia só apontou Caio Paes de Andrade, apesar de a União somar seis cadeiras no Conselho de Administração.
Após a indicação, a votação ainda não será imediata. Os nomes precisam passar por uma análise do Comitê de Pessoas antes da Assembleia Geral Extraordinária.
A determinação foi implementada no mês passado através de um decreto que blinda a eleição de problemas jurídicos.
Até então, havia a possibilidade de o presidente ser eleito em assembleia, mas ter a posse condicionada ao aval da área de governança.
O governo também precisa enviar a documentação de Caio Paes de Andrade através do Ministério de Minas e Energia.
Fontes da área de governança informaram à CNN que aguardam o envio do currículo para iniciar oficialmente a varredura, como de praxe.
José Mauro Ferreira Coelho pretende continuar na presidência ainda que a posse do sucessor demore mais que o previsto inicialmente.
Enquanto isso, o clima é de incerteza no Conselho de Administração.
Os indicados pela União relatam estar no escuro diante de especulações sobre eventuais trocas por nomes mais alinhados ao Palácio da Planato e ao novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.