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    Golpistas usam deepfake de diretor financeiro e roubam US$ 25 milhões

    Esquema fez funcionário acreditar em reunião falsa com outros colegas e realizar a transação

    O golpe envolvendo o falso CFO só foi descoberto quando o funcionário verificou posteriormente com a sede da corporação
    O golpe envolvendo o falso CFO só foi descoberto quando o funcionário verificou posteriormente com a sede da corporação Rapeepong Puttakumwong/Getty Images

    Heather ChenKathleen Magramoda CNN

    Um funcionário do setor financeiro de uma multinacional foi induzido a pagar US$ 25 milhões a fraudadores que usaram a tecnologia deepfake para se passar pelo diretor financeiro da empresa em uma chamada de videoconferência, conforme a polícia de Hong Kong.

    O esquema elaborado levou o empregado a participar de uma chamada de vídeo com o que ele pensava ser vários outros membros da equipe, mas todos eles eram, na verdade, recriações de deepfake, disse a polícia de Hong Kong em uma reunião na sexta-feira (2).

    “(Na) videoconferência com várias pessoas, descobriu-se que todos [que ele viu] eram falsos”, disse o superintendente sênior Baron Chan Shun-ching à emissora pública da cidade, RTHK.

    Chan disse que o funcionário ficou desconfiado após receber uma mensagem que supostamente era do diretor financeiro da empresa no Reino Unido. Inicialmente, o funcionário suspeitou que se tratava de um e-mail de phishing, pois falava da necessidade de realizar uma transação secreta.

    No entanto, o funcionário deixou de lado suas dúvidas iniciais após a videochamada porque outras pessoas presentes pareciam e soavam como colegas que ele reconhecia, explicou o superintendente.

    Acreditando que todos os outros participantes da ligação eram reais, o trabalhador concordou em remeter um total de US$ 200 milhões de dólares de Hong Kong — cerca de US$ 25,6 milhões, acrescentou o policial.

    O caso é um dos vários episódios recentes em que se acredita que os fraudadores tenham usado a tecnologia deepfake para modificar vídeos e outras filmagens disponíveis publicamente para enganar as pessoas e tirar dinheiro.

    Em uma coletiva de imprensa na sexta-feira, a polícia de Hong Kong disse haver feito seis prisões relacionadas a esses golpes.

    Chan disse que oito carteiras de identidade roubadas de Hong Kong — todas elas declaradas perdidas por seus proprietários — foram usadas para fazer 90 pedidos de empréstimo e 54 registros de contas bancárias entre julho e setembro do ano passado.

    Além disso, em pelo menos 20 ocasiões, deepfakes de IA foram usados para enganar programas de reconhecimento facial, imitando as pessoas retratadas nas carteiras de identidade, segundo a polícia.

    O golpe envolvendo o falso CFO só foi descoberto quando o funcionário verificou posteriormente com a sede da corporação.

    A polícia de Hong Kong não revelou o nome, detalhes da empresa ou do trabalhador.

    As autoridades de todo o mundo estão cada vez mais preocupadas com a sofisticação da tecnologia deepfake e com os usos nocivos que ela pode ter.

    No final de janeiro, imagens pornográficas geradas por IA da estrela pop americana Taylor Swift se espalharam pelas mídias sociais, ressaltando o potencial prejudicial apresentado pela tecnologia de inteligência artificial.

    As fotos — que mostram a cantora em posições sexualmente sugestivas e explícitas — foram vistas milhões de vezes antes de serem removidas das plataformas sociais.

    Essa matéria foi traduzida do CNN Business. Leia a reportagem original aqui