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    Fraqueza na China faz vendas da dona da Louis Vuitton caírem pela 1ª vez desde a pandemia

    Receita da LVMH recuam 3% no terceiro trimestre, pior do que o esperado

    Reuters

    A gigante francesa do luxo LVMH divulgou nesta terça-feira (15) uma queda de 3% nas vendas do terceiro trimestre, um desempenho pior que o esperado que marca o primeiro recuo no faturamento desde a pandemia.

    A companhia afirmou que a queda ocorreu diante do enfraquecimento da demanda na China e no Japão.

    O maior grupo de luxo do mundo gerou 19,08 bilhões de euros em receita nos três meses encerrados em setembro, queda de 3% sobre um ano antes. O número não atingiu a estimativa de consenso de crescimento de 2% citada pelo Barclays.

    O grupo ficou “gravemente” abaixo das expectativas, com “falhas em todos os setores”, disse Luca Solca, analista da Bernstein.

    O relatório de vendas, o primeiro do trimestre das grandes empresas de luxo, vem depois de uma montanha-russa para as ações do setor nas últimas semanas, já que as medidas de estímulo na China alimentaram brevemente as esperanças de investidores sobre uma recuperação.

    A confiança do consumidor chinês caiu para os níveis mais baixos desde a pandemia, disse o diretor financeiro da LVMH, Jean-Jacques Guiony, embora tenha acrescentado que a empresa ainda acredita no futuro do mercado.

    A divisão de moda e artigos de couro, que abriga as marcas Louis Vuitton e Dior, registrou um declínio nas vendas de 5%, bem abaixo das expectativas de consenso de crescimento de 4%, e a primeira queda para o negócio desde 2020.

    “A divisão de moda registrou uma ligeira melhora com europeus e americanos, mas um desempenho pior com chineses e japoneses”, disse Guiony.

    A moda e os artigos de couro compreendem quase metade da receita da LVMH e quase três quartos de seu lucro recorrente.

    Na Ásia — excluindo o Japão — do qual o mercado chinês é uma parcela dominante, o declínio das vendas piorou para 16%, em comparação com a queda de 14% no trimestre anterior.

    Uma onda de consumo pós-pandemia perdeu força no ano passado e a crise imobiliária da China pesou sobre a confiança dos consumidores. As esperanças de que as medidas de estímulo do governo chinês possam reacender rapidamente o entusiasmo pelas mercadorias de luxo ainda não se concretizaram.

    No Japão, a LVMH disse que o crescimento diminuiu drasticamente para 20%, em comparação com o salto de 57% do trimestre anterior, devido ao iene mais forte.

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