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    CEO da Intel afirma que escolha do local para a produção de chips definirá economia dos próximos 50 anos

    Durante um evento realizado em San Jose (EUA), Pat Gelsinger anunciou o novo plano de negócios da multinacional

    Durante apresentação de abertura, o CEO da empresa, Pat Gelsinger, reafirmou a importância de produzir mais semicondutores nas Américas e na Europa
    Durante apresentação de abertura, o CEO da empresa, Pat Gelsinger, reafirmou a importância de produzir mais semicondutores nas Américas e na Europa 16/06/2023 REUTERS/Karol Badohal

    Pedro Teixeirada CNN

    San Jose (EUA)

    A multinacional Intel realizou, nesta quarta-feira (21), um evento nos Estados Unidos para anunciar os novos planos da empresa. Durante a apresentação de abertura, o CEO da empresa, Pat Gelsinger, reafirmou a importância de produzir mais semicondutores nas Américas e na Europa.

    Hoje, em um panorama global, a produção de 80% dos chips — fundamentais para a fabricação de diversos componentes eletrônicos — está concentrada na Ásia.

    “A localização das cadeias de fornecimento de tecnologia e onde os semicondutores serão construídos definirá as próximas cinco décadas”, disse o CEO durante apresentação ao lado da secretária de Comércio dos Estados Unidos, Gina Raimondo.

    Para Raimondo, a expansão dessa produção é uma das prioridades do governo americano, especialmente com o avanço e o aumento de demanda para inteligência artificial (IA).

    O governo americano já anunciou medidas para assumir a hegemonia do setor e desbancar a China, que nos últimos anos foi alvo de uma série de restrições impostas pelos americanos para a compra e venda dos produtos.

    Os Estados Unidos garantiram US$ 1 bilhão para que a Intel avance na produção de semicondutores no painel. O montante pode chegar a US$ 10 bilhões, por meio da Lei de Chips e Ciência. Aprovada em 2022, a legislação proposta pelo governo Joe Biden concede subsídios multibilionários para estimular a indústria tecnológica de ponta.

    Guerra dos Chips

    Além de fomentar a produção nacional, a Casa Branca o acesso da China a esse tipo de produto. Os chineses foram impedidos de importar os chips mais avançados e também não podem mais adquirir insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados.

    O impedimento dos Estados Unidos vale até mesmo para componentes, para a tecnologia e softwares de origem americana que poderiam ser usados em uma vasta gama de produtos.

    Gelsinger, inclusive, afirmou que a China deve ficar para trás muito em breve por conta das sanções impostas pela Casa Branca. Segundo o chefe da Intel, os chineses devem continuar inovando, conforme esperado, mas terão mais dificuldade de acessar componentes essenciais para a produção dos chips.

    Importância dos chips

    Atualmente, os semicondutores são a matéria-prima essencial para a fabricação de componentes eletrônicos como transistores e microprocessadores. Os chips estão presentes, por exemplo, em veículos, geladeiras, computadores e celulares.

    Segundo informou a Intel, esse mercado pode valer mais de US$ 1 trilhão até 2030. Nesse mesmo contexto, a empresa anunciou que pretende se tornar a segunda maior fabricante de semicondutores do mundo até o fim desta década.

    Atualmente, a TSMC, empresa de Taiwan, é a maior produtora do mundo, coisa que deve se manter pelos próximos anos. A segunda maior é a Samsung, que pode ser superada pela Intel.

    Acesso a IA

    Executivos da multinacional ressaltaram a importância de aumentar o acesso da população mundial à IA.

    Carolyn Henry, vice-presidente e chefe do escritório de marketing da Intel para as Américas, reafirmou a importância da IA para a sociedade. Segunda ela, a tecnologia está presente nas universidades, no cuidado com a saúde, nos transportes e em várias outros segmentos.

    Sobre o custo da tecnologia, Carolyn entende que “a inteligência artificial está a cada vez mais acessível financeiramente” e que “a Intel segue trabalhando para ampliar o acesso a essa ferramenta”.

    O repórter viajou a convite da empresa