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    Boeing deve resolver controle de qualidade antes de aumentar produção do 737 MAX, diz secretário dos EUA

    FAA iniciou investigações após incidente com porta de aeronave e limitou produção do modelo até confirmar segurança

    Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da empresa em Renton, Washington, EUA
    Aeronaves Boeing 737 MAX em fábrica da empresa em Renton, Washington, EUA 21/3/2019 - REUTERS/Lindsey Wasson/Arquivo

    Por David Shepardson, da Reuters

    O secretário de Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, disse nesta quarta-feira (24) que a Boeing deve cumprir um mandato governamental para resolver questões sistêmicas de controle de qualidade dentro de 90 dias antes de poder aumentar a produção do 737 MAX.

    Buttigieg observou que a Boeing está na metade do prazo de 90 dias estabelecido pela Agência Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês).

    “Não vamos deixá-los (aumentar a produção) até que tenham convencido a FAA de que podem fazê-lo com segurança”, disse, em um evento no Aeroporto Nacional Reagan, nos arredores de Washington.

    A FAA, no final de janeiro, tomou a medida sem precedentes de dizer à Boeing que não permitiria que a fabricante de aviões expandisse a produção do 737 MAX após uma emergência aérea em um modelo 737 MAX 9 da Alaska Airlines. O Departamento de Justiça abriu uma investigação criminal sobre o episódio.

    O diretor da FAA, Mike Whitaker, disse à Reuters em março que a Boeing tem permissão para produzir 38 aviões modelo 737 por mês, mas a produção atual real “é inferior a isso”.

    A Reuters informou no início deste mês que a taxa de produção mensal da Boeing caiu para um dígito no final de março.

    O presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, disse em uma teleconferência de resultados nesta quarta-feira que a FAA quer um plano em 90 dias “que, em essência, monitore e meça se nosso sistema de produção está sob controle no futuro”.

    “90 dias não é como agitar uma bandeira mágica, e está tudo ótimo, e vocês podem ir dos 38 aos 40”, acrescentou.

    Whitaker disse em março que o cronograma para quando a Boeing poderá aumentar a taxa de produção do 737 MAX dependerá de “quão eficazmente eles podem implementar essas mudanças na cultura de segurança e levar seus níveis de qualidade até onde precisam estar”.

    Buttigieg reconheceu separadamente que as companhias aéreas dos EUA, incluindo a Southwest Airlines, estavam sendo impactados pelo menor número de aviões entregues este ano pela Boeing.

    “Este é um problema real”, disse Buttigieg. Ele, porém, enfatizou que a FAA está pensando apenas na segurança e não em considerações econômicas ao tratar a questão do 737 MAX.