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    Arábia Saudita faz sua maior encomenda de aviões da história para Airbus

    Fabricante europeia deve entregar primeiras das 105 aeronaves encomendadas no 1º tri de 2026

    Organizadores do Fórum da Aviação do Futuro afirmaram que a nova encomenda totalizou US$ 19 bilhões
    Organizadores do Fórum da Aviação do Futuro afirmaram que a nova encomenda totalizou US$ 19 bilhões REUTERS/Stephane Mahe

    Anna Coobanda CNN

    Londres

    A companhia aérea nacional da Arábia Saudita fez uma encomenda de 105 aviões Airbus, no maior negócio da história da aviação saudita – e em mais uma vitória para a rival europeia da Boeing.

    Ibrahim Al-Omar, diretor-geral do Grupo Saudia – estatal controladora da companhia aérea Saudia e transportadora de baixo custo Flyadeal -, disse na segunda-feira (20) que os primeiros aviões seriam entregues no primeiro trimestre de 2026.

    “O Grupo Saudia anuncia hoje o maior negócio da história da aviação saudita”, afirmou num discurso no Future Aviation Forum, em Riade, referindo-se ao contrato com a Airbus.

    A frota atual do Grupo Saudia é composta por 93 aeronaves Airbus e 51 Boeing, segundo seu site. E o último acordo aumenta ainda mais o saldo da fabricante europeia, que já tinha uma encomenda de 39 aeronaves a entregar, segundo comunicado da Airbus.

    Al-Omar não especificou se foi o número de aviões encomendados ou o valor total da encomenda que tornou este o maior negócio da aviação da Arábia Saudita.

    Quando questionado pela CNN sobre o assunto, bem como sobre o valor do negócio, o Grupo Saudia não respondeu, enquanto a Airbus não quis comentar.

    Mas, em comunicado à imprensa, os organizadores do Fórum da Aviação do Futuro afirmaram que a nova encomenda totalizou US$ 19 bilhões.

    Numa declaração separada, Al-Omar disse que a nova ordem ajudaria a concretizar a Visão 2030 da Arábia Saudita, um programa voltado à sustentabilidade e que visa diversificar a economia do país longe do petróleo. Uma parte fundamental do programa é tornar o reino um destino atraente para os turistas.

    “A Arábia Saudita tem objetivos operacionais ambiciosos para atender à crescente demanda”, disse Al-Omar. “Estamos aumentando a capacidade de voos e de assentos em nossos mais de 100 destinos existentes em quatro continentes, com planos de expansão adicional.”

    O país espera atrair 150 milhões de turistas por ano até 2030, de acordo com a sua Estratégia Nacional de Turismo.

    Mais uma vitória da rival da Boeing

    A notícia do acordo saudita chega no momento em que a principal rival da Airbus, a Boeing, enfrenta intenso escrutínio sobre uma série de falhas de segurança, entre elas a explosão da fuselagem de um avião em pleno voo em janeiro.

    O incidente gerou uma série de investigações sobre as práticas da Boeing, uma mudança de executivos e promessas de que a empresa se recuperará.

    Mas a Boeing tem enfrentado dificuldades desde que os acidentes fatais de sua aeronave 737 Max em 2018 e 2019 resultaram na suspensão de 20 meses de seu avião mais vendido.

    A empresa também foi atingida pela pandemia, que quase paralisou as viagens durante meses e causou profundos prejuízos na maioria das companhias aéreas que compram aviões da Boeing.

    Desde o início da suspensão em 2019, a empresa relatou perdas ajustadas em torno de US$ 32 bilhões. Desde o início deste ano, o valor das suas ações despencou quase 28%.

    Apesar de ter uma carteira de pedidos de mais de 5.600 jatos comerciais, no valor de US$ 529 bilhões, a Boeing não consegue fabricar aviões com rapidez suficiente a cada ano para obter lucro, enquanto trabalha para resolver seus problemas de qualidade.

    Enquanto isso, a Airbus relatou uma carteira de pedidos de quase 8.600 aeronaves no final de 2023 e registrou um lucro de € 3,8 bilhões (US$ 4,1 bilhões) no ano.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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