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    Não sou favorável aos projetos de reforma tributária que estão aí, diz Afif

    Assessor especial do ministério da Economia acredita que o primeiro passo é fazer uma simplificação, antes da 'mexida estrutural' do programa tributário

    Afif Domingos defendeu um mutirão de limpeza de obrigações acessórias
    Afif Domingos defendeu um mutirão de limpeza de obrigações acessórias Foto: CNN (14.jul.2020)

    Anna Russi, de CNN Brasil Business, em São Paulo

    O assessor especial do ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, se posicionou, “pessoalmente”, contra os três projetos de reforma tributária que se encontram no Congresso Nacional. 

    “Tenho posições não favoráveis aos projetos que estão aí. Acho que antes de chegarmos na mexida estrutural do programa tributário que querem fazer agora, no meio de uma crise – não é hora de fazer operação profunda quando tem hemorragia. Acho que agora o primeiro passo é a simplificação”, argumentou, nesta quinta-feira (8), durante seminário virtual do Sebrae sobre o mutirão de renegociação tributária. 

    Afif defendeu um mutirão de limpeza de obrigações acessórias. “Isso impacta a economia como um todo, melhora o desempenho da própria empresa. Não estamos dando luzes sobre isso porque ficamos presos na reforma tributária da PEC 110, ou da PEC 45, ou da proposta que vem do governo”, criticou. 

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    Na avaliação dele, o mutirão da simplificação tributária é o que deve dominar o debate inicial. “Até porque, ainda existem muitos conflitos para serem resolvidos entre estados e municípios e que eu acho que, no curto prazo, não teremos uma solução no Congresso. Para a simplificação temos solução e, principalmente, o apoio, quando atinge a pequena empresa, em termos de simplificação, no Congresso é por unanimidade”, completou. 

    Afif pediu ainda franqueza em meio aos debates tributários. “Falam que não vão mexer no Simples, por exemplo. É claro que terá consequências em cima do Simples. Tem muita gente que fala que o Simples é a maior renúncia tributária que existe e que está em uma situação que não deveria, mas se não fosse o simples, essas empresas estariam simplesmente mortas”, argumentou. 

    “Portanto, antes que venham com arroubo tributário e teóricos, vamos ficar de olho para não atrapalhar a simplificação que promovemos. A palavra de ordem é simplificar o sistema tributário, principalmente naquilo que é obrigação acessória com esse mundo digital”, completou.

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