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    Não foi só ‘inflação da pandemia’ que atingiu o Brasil, avalia ex-diretor do BC

    À CNN Rádio, José Júlio Senna disse que o país sofre com o agravante dos problemas climáticos e instabilidade política

    Amanda Garcia, com produção de Bel Camposda CNN , Em São Paulo

    O ex-diretor do Banco Central para a Dívida Pública e Mercado Aberto, José Júlio Senna, avalia que o problema de inflação é mundial e que “nenhum país escapou”, mas que o Brasil sofre com outros problemas.

    Em entrevista à CNN Rádio, o economista, que também é pesquisador associado do FGV/IBRE, classifica como “inflação da pandemia” a parcela causada pelos “gargalos no suprimento de bens, que interrompeu o processo produtivo e, além disso, derrubou a demanda por serviços.”

    No entanto, Senna destaca que a situação do Brasil passa por outros problemas. “Temos a questão climática, geadas, secas, crise hídrica. A gente tem várias complicações. A questão do câmbio e do risco Brasil, que deprecia a moeda nacional, mexe com preços de bens primários, como combustíveis.”

    Segundo o ex-diretor do BC, enquanto não houver sucesso em segurar o processo inflacionário, a perspectiva de crescimento ficará prejudicada. “O combate à inflação exige juros mais altos. É um quadro bem complicado”, completou.

    “Não há expectativa concreta de recuperação econômica forte em 2022, a percepção de risco político subiu muito, assim como a fiscal”, disse.

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