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    Pandemia mostrou novas possibilidades no mercado de trabalho, diz CEO da Basf

    Ex-jogadora de vôlei, Renata Milanese é a primeira brasileira a comandar o posto na multinacional

    Renée Pereira, do Estadão Conteúdo

    Primeira brasileira a alcançar o posto de CEO na multinacional Basf, Renata Milanese está na direção dos negócios de Argentina, Uruguai, Bolívia e Paraguai desde julho.

    A mudança, segundo a executiva, que foi jogadora profissional de vôlei do antigo Banespa e São Paulo, ocorre em tempos de grandes desafios, com muitas transformações no mundo corporativo. E um deles é ser um líder moderno que contagie toda a equipe mesmo em tempos de home office.

    Na avaliação dela, a pandemia mostrou novas possibilidades no mercado de trabalho, mas destaca que só estar em trabalho presencial não é suficiente. “Não adianta estar no escritório e ficar fechado numa sala de reunião o dia inteiro.”

    Veja a seguir os principais trechos da entrevista:

    Como é assumir um posto tão relevante em tempos de grandes transformações?

    Meu papel é trazer as pessoas para esse momento que o mundo e as indústrias estão vivendo, evoluir com a digitalização, com a tecnologia. É um momento desafiador, mas muito legal, de poder somar e contribuir com a organização.

    Essas transformações também exigem uma mudança significativa do executivo?

    Como executiva, tenho de estar aberta a escutar o que está acontecendo e aprender a se adaptar a esse novo macro ambiente. A relação de hierarquia mudou muito. A liderança não é mais só pelo poder. É realmente estar com as pessoas. Digo que meu maior papel como líder é remover as barreiras e abrir os caminhos.

    É possível aprender a ser um profissional moderno, flexível?

    Se um executivo quer ter sucesso, precisa aprender a ler o macro ambiente, faz parte do nosso papel. Não é só a caixa em que a gente atua. Temos de ler o macroambiente, a economia, o mundo, que está evoluindo muito mais rápido. É preciso aprender a se adaptar, a ter flexibilidade. A pandemia é o exemplo mais recente disso. Já vínhamos adotando um ou dois dias de home office, mas, quando veio a pandemia, ninguém teve escolha. Todo mundo começou a trabalhar de casa e foi sensacional.

    Qual a sua opinião sobre o home office?

    Para mim, o híbrido soma o melhor dos dois mundos. No home office, você consegue combinar qualidade de vida e uma alta performance. Mas quando se está no escritório, você tem uma conexão, a discussão. Agora, não adianta estar no escritório e ficar fechado numa sala de reunião o dia inteiro. O modelo híbrido exige uma boa forma de conduzir esse híbrido.

    E como tem sido trabalhar com diferentes gerações dentro da empresa?

    Trabalhar com jovens é uma injeção de energia. Aprendemos muito com eles e grande parte do sucesso que temos hoje é por ter jovens integrados à experiência. Equilíbrio é conseguir extrair o melhor de cada um. Quando você consegue fazer o “match” desses mundos tão diferentes realmente você tem soluções que são evolutivas, com grande senso de realidade. É preciso entender as diferenças e também saber conectá-las.

    As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.