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    Na Espanha, Lula volta a criticar privatizações: “Não vamos vender patrimônio público”

    Em evento com empresários e autoridades, Lula disse que quer construir parcerias e convencer a iniciativa privada brasileira e espanhola a investir

    Sofia Kercherda CNN*Léo Lopesda CNN

    em São Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar privatizações e defender estatais durante sua primeira declaração à imprensa na cidade de Madri, na Espanha, nesta quarta-feira (26). “Voltamos para dizer que queremos construir parcerias. Convencer empresários brasileiros a investir na Espanha e empresários espanhóis a investir no Brasil”, argumentou Lula.

    “Não vamos mais privatizar nenhuma empresa, não vamos vender patrimônio para pagar dívida”, acrescentou.

    Em Portugal, Lula afirmou que “patrimônio ficou menor e serviço não melhorou”

    Essa não é a primeira vez que o presidente critica as privatizações. Durante discurso que realizou na segunda-feira (24), em um fórum com empresários portugueses e brasileiros, na cidade do Porto, Lula afirmou que, com as privatizações, o patrimônio ficou menor e o serviço não melhorou.

    “No Brasil, não vamos vender empresas públicas. O que queremos é convidar os empresários a fazerem parcerias conosco naquilo que a gente precisa criar de novo”, disse o petista.

    “Nos últimos seis anos, se vendeu muito patrimônio público. Não para construir outro patrimônio ou outro ativo. Se vendeu para simplesmente pagar juros da dívida pública. Nos desfizemos do nosso patrimônio, nosso patrimônio ficou menor e a qualidade do serviço não melhorou”, acrescentou.

    Em sua fala, ele também aproveitou para voltar a criticar a taxa básica de juros.

    “Nós temos um problema no Brasil que a nossa taxa de juros é muito alta. A nossa taxa Selic está 13,75%. Ninguém toma dinheiro emprestado a 13,75%. Um país capitalista precisa de dinheiro e esse dinheiro precisa circular. Não apenas na mão de poucos, mas na mão de todos. A solução para o Brasil é voltar a colocar o pobre no orçamento”, afirmou.

    *Sob supervisão de Dimalice Nunes