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    Na contramão do mundo, Japão tenta manter inflação elevada

    Banco central japonês tem mantido política monetária relaxada para segurar o nível do índice de preços ao consumidor, que registrou em abril 2,5%, a maior taxa em 12 meses em 31 anos

    Bárbara Nascimento e Gabriel Bueno da costa, do Estadão Conteúdo

    Enquanto o mundo sobe juros agressivamente na luta contra a inflação, o Japão tenta viabilizar os preços altos por mais tempo.

    Com o risco de deflação sobre a economia japonesa nos últimos anos, o Banco do Japão (BoJ, banco central local), tem mantido uma política monetária relaxada na tentativa de segurar o nível do índice de preços ao consumidor (CPI), que registrou em abril 2,5%, a maior taxa em 12 meses em 31 anos.

    Analistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, contudo, não veem sustentabilidade da alta nos preços no país.

    Sayuri Shirai, professora de Economia da Universidade de Keio e membro do conselho do BoJ entre 2011 e 2016, explica que a inflação baixa no Japão nos últimos anos tem relação com um consumo lento, em parte devido ao avanço tímido dos salários, baixa expectativa sobre remunerações futuras e preocupações acerca da longevidade da população.

    Fatores culturais também pesam, como a relutância de empresas em elevar preços. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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