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    Mudança no rol da ANS feita pelo Senado pode afetar ações no STF

    Ações envolvendo o assunto estão sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso

    Ações no Supremo pedem que a Corte interprete a Lei dos Planos de Saúde, de 1998, de tal forma que derrube o chamado rol taxativo, considerado inconstitucional pelos autores das ações
    Ações no Supremo pedem que a Corte interprete a Lei dos Planos de Saúde, de 1998, de tal forma que derrube o chamado rol taxativo, considerado inconstitucional pelos autores das ações Marcello Casal JrAgência Brasil

    Gabriel Hirabahasida CNN em Brasília

    A aprovação no Senado do projeto de lei que altera o caráter taxativo do rol de procedimentos e eventos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pode afetar uma série de ações que estão em análise no Supremo Tribunal Federal, segundo fontes do STF ouvidas pela CNN.

    A proposta foi aprovada pelos senadores nesta segunda-feira (29) e será enviada à sanção presidencial. O texto estabelece que os tratamentos prescritos por médicos, mesmo que não conste do rol definido pela ANS, deverão ser cobertos pela operadora de saúde desde que sejam comprovadamente eficazes e sejam recomendados pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) ou outro órgão internacional.

    As ações envolvendo o assunto no Supremo Tribunal Federal estão sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso.

    De acordo com fontes do STF ouvidas pela CNN, o texto que saiu do Senado está sendo analisado e ainda será preciso aguardar um posicionamento sobre o que eventualmente for sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro para definir se as ações poderão perder o objeto. Por ora, as audiências públicas marcadas para o fim de setembro estão mantidas.

    As ações no Supremo pedem que a Corte interprete a Lei dos Planos de Saúde, de 1998, de tal forma que derrube o chamado rol taxativo, considerado inconstitucional pelos autores das ações.

    O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu, em junho deste ano, que o rol de procedimentos da ANS é taxativo –ou seja, os procedimentos lá contidos são exatamente os que devem constar na cobertura dos planos de saúde. A discussão entre os ministros do STJ envolvia a possibilidade de o rol ser encarado como “exemplificativo” –ou seja, tomado apenas como uma referência.

    A CNN entrou em contato com a ANS para comentar o assunto, mas não teve resposta até a publicação desta reportagem. Caso haja posicionamento, este texto será atualizado.