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    Morgan Stanley corta recomendação para títulos do Brasil após ação de Bolsonaro

    Declarações e atitudes do presidente Jair Bolsonaro elevaram preocupações entre agentes financeiros com o risco político do país

    Fachada do Banco Morgan Stanley
    Fachada do Banco Morgan Stanley Foto: REUTERS/Lucas Jackson/Foto de arquivo

    Por Marc Jones, da Reuters

    O Morgan Stanley removeu a recomendação “like” sobre os títulos soberanos do Brasil nesta segunda-feira (22) citando preocupações fiscais e potenciais repercussões da troca no comando da Petrobras.

    As declarações e atitudes do presidente Jair Bolsonaro elevaram preocupações entre agentes financeiros com o risco político do país, bem como com a ingerência governamental em estatais.

    As ações da Petrobras registravam queda de cerca de 20%, com perda de mais de R$ 3 bilhões de valor de mercado da companhia, após Bolsonaro indicar o general Joaquim Silva e Luna para assumir os cargos de conselheiro e presidente da Petrobras.

    O Morgan Stanley disse que sua recomendação anterior positiva sobre a dívida soberana do Brasil dependia de o governo tratar das preocupações fiscais por meio de reformas.

    “As mudanças na Petrobras são preocupantes nesse sentido, já que mostram que a tolerância a políticas impopulares é baixa, talvez direcionada por considerações eleitorais”, disseram analistas do banco.

    “Além disso, a exposição do investidor à Petrobras é muito alta em um momento em que o spread versus soberano está perto de recordes, deixando pouco motivo para os investidores manterem títulos no caso de a direção da empresa mudar.”