Molica: Mesmo com ajustes, PEC dos Precatórios deixa 15 milhões sem Auxílio Brasil
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista Fernando Molica analisou texto alternativo apresentado por senadores para financiar novo benefício social
No quadro Liberdade de Opinião desta sexta-feira (19), o jornalista Fernando Molica analisou o texto alternativo à PEC dos Precatórios apresentado por senadores, que visa ampliar o Auxílio Brasil para que 21 milhões de famílias recebam o benefício.
O texto contém uma emenda substitutiva que propõe a retirada das despesas com precatórios do teto de gastos em 2022. A proposta foi elaborada pelos senadores Alessandro Vieira, José Aníbal e Oriovisto Guimarães.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reagiu de forma contrária a essas modificações, que ele considerou um grande erro.
Molica analisou: “A tendência é ter uma votação apertada no Senado, caso não haja um acordo. Ao contrário do que aconteceu na Câmara, que o projeto básico foi aprovado, no Senado está havendo muita discussão, ‘bota aqui, tira dali’, até na possibilidade de se fatiar a PEC para que uma parte dela entre em vigor imediatamente”.
“Se tirar o pagamento dos precatórios do Orçamento, esse dinheiro reservado para pagar os precatórios poderia ir para o Auxílio Brasil para ampliar o benefício, não apenas no valor, como também aumentar o número de famílias beneficiadas”, continuou o jornalista.
“Mas a questão fundamental é: o Bolsa Família beneficiava cerca de 17 milhões de famílias. O Auxílio Emergencial chegou até 38 milhões de famílias, e o Auxílio Brasil prevê aumento dos 17 milhões de famílias [beneficias pelo Bolsa Família] para cerca de 19 milhões — e a ideia é aumentar para chegar a 21 milhões.”
“De qualquer forma, em torno de 15 milhões de famílias vão ficar fora desse novo auxílio. Uma questão séria e preocupante diante da grave situação social que estamos vivendo”, concluiu.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.
(Publicado por: André Rigue)
