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    Ministro diz que pretende usar receitas do petróleo para financiar energia limpa

    Declaração de Alexandre Silveira vem na esteira da fala do presidente Lula sobre participação do Brasil na Opep+

    Brenda Silvada CNN

    em Brasília

    Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na COP28, indicar a participação do Brasil na Opep+, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que pretende utilizar as receitas do petróleo para financiar a produção de energia limpa no país.

    “Vamos liderar países produtores de petróleo para acelerar a transição energética. Sob a liderança do presidente Lula queremos usar as receitas do petróleo para financiar energia limpa e renovável”, escreveu Silveira em rede social neste sábado (2).

    O texto foi em resposta a uma mensagem publicada mais cedo pelo presidente Lula.

    “O Brasil vai participar não da OPEP, mas da OPEP+. Vamos pautar a importância de superar a política de combustíveis fósseis, para que os países que ganham dinheiro com essa política possam investir na energia do futuro, a energia verde. Essa superação é uma vontade, mas o caminho até lá é um desafio”, escreveu o presidente.

    Em vídeo divulgado pela assessoria do ministério de Minas e Energia, Silveira ressalta que o Brasil precisa avançar em políticas para acompanhar o que chamou de transição mundial.

    “Não há como um país se sacrificar, investir, fazer com que o seu povo pague a conta por essa transição tão importante sem o mundo entender, em especial os países industrializados, a necessidade de participar de forma ativa dessa transformação. Por isso a nossa participação na Opep”, afirmou o ministro.

    A Opep reúne países produtores de petróleo, como Arábia Saudita, Irã e Iraque. Já a Opep+ inclui outras nações parceiras, como Rússia e Cazaquistão, mas que não têm o mesmo poder dos integrantes oficiais do grupo.

    Quando a possibilidade do Brasil entrar no grupo começou a ser discutida, ambientalistas que defendem o fim do uso de combustíveis fósseis — um dos principais itens na agenda da conferência do clima da ONU — criticaram a adesão.

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já tinha afirmado que não vê a participação do Brasil na Opep+, na condição de observador, como algo contraditório.

    “É exatamente para levar ao debate que precisa ser enfrentado no âmbito daqueles espaços que são os grandes produtores de combustível fóssil, que é o grande responsável pelo aquecimento do planeta”, afirmou Marina na última sexta-feira (1º), durante a Conferência do Clima da ONU, em Dubai.