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    Ministro de finanças do Reino Unido promete reforma para estimular economia

    Jeremy Hunt anunciou plano orçamentário que inclui reformas fiscais para colocar mais pessoas no mercado de trabalho e incentivos ao investimento

    Jeremy Hunt segura pasta com plano de orçamento em Downing Street, em Londres
    Jeremy Hunt segura pasta com plano de orçamento em Downing Street, em Londres Reuters/Peter Nicholls

    Por David Milliken e Kylie MacLellan e Andy Bruce, da Reuters

    O ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, anunciou nesta quarta-feira (15) um plano orçamentário que espera acelerar a economia estagnada do país, incluindo serviços de creche e reformas fiscais para colocar mais pessoas no mercado de trabalho e incentivos fiscais corporativos para aumentar os baixos níveis de investimento empresarial.

    Afirmando que agora se espera que a sexta maior economia do mundo evite uma recessão este ano, mesmo que ainda deva contrair, Hunt também disse que estenderá a ajuda às famílias atingidas pelo aumento nas contas de energia e congelará um imposto sobre combustíveis.

    “Diante de enormes desafios, relato hoje sobre uma economia britânica que está provando que os céticos estão errados”, disse Hunt, sob zombaria do Partido Trabalhista, de oposição, que está em alta nas pesquisas de opinião antes da eleição prevista para o ano que vem.

    “No outono, tomamos decisões difíceis para entregar estabilidade e dinheiro sólido”, disse Hunt, que foi levado às pressas para o ministério em outubro do ano passado para desfazer os planos de cortes de impostos que semearam o caos nos mercados financeiros durante o breve mandato de Liz Truss.

    “Desde meados de outubro, as taxas do gilt (título do governo) de dez anos caíram, os custos do serviço da dívida caíram, as taxas de hipoteca estão mais baixas e a inflação atingiu o pico. O Fundo Monetário Internacional diz que nossa abordagem significa que a economia do Reino Unido está no caminho certo.”

    Após os choques do Brexit, um forte golpe da Covid-19 e inflação de dois dígitos, a economia britânica é a única entre os países do G7 a recuperar seu tamanho pré-pandêmico, tendo já sofrido uma década de crescimento de renda quase estagnado.

    Hunt e o primeiro-ministro Rishi Sunak resistiram aos apelos de alguns parlamentares do Partido Conservador por grandes cortes de impostos agora, concentrando-se nas regras de dívida que ele anunciou no final do ano passado para acalmar o caos nos mercados de títulos britânicos.

    Mas ele encontrou dinheiro para estender os subsídios das contas de energia para residências por mais três meses e um congelamento de impostos de combustível de uma década por mais um ano.

    Ele também anunciou um novo incentivo para o investimento empresarial que permitirá às empresas compensar 100% de suas despesas de capital com os lucros, embora represente uma redução dos incentivos fiscais em um esquema anterior de dois anos.

    De acordo com um novo conjunto de previsões, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico deve encolher 0,2% em 2023, em vez de contrair 1,4%, conforme projetado pelo independente Escritório de Responsabilidade Orçamentária (OBR, na sigla em inglês) em novembro.

    O OBR previu que a produção econômica crescerá 1,8% em 2024 e 2,5% em 2025, disse Hunt, em comparação com suas previsões anteriores de crescimento de 1,3% e 2,6%, respectivamente.