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    Governo vai investigar 123milhas por cancelamento de viagens promocionais de fim de ano

    Em nota oficial, ministério do Turismo considerou grave o cancelamento de viagens anunciado pela empresa. Governo vai abrir investigação pela Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, órgão ligado ao Ministério da Justiça

    Basília Rodrigues , São Paulo

    Os ministérios da Justiça e do Turismo anunciaram que vão investigar a empresa 123milhas pelo cancelamento de pacotes e emissão de passagens da linha promocional, neste fim de ano.

    De acordo com o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, um procedimento investigativo será aberto na segunda-feira. À CNN, ele disse que haverá atuação conjunta das pastas.

    De acordo com o secretário, “a modalidade de venda de passagens por meio de transferência de milhas precisa atender à previsão do Código de Defesa do Consumidor. A cláusula contratual que permita cancelamento de forma unilateral é considerada abusiva e consequentemente nula. O reembolso deve garantir que os consumidores não tenham prejuízo e a opção por voucher não pode ser impositiva, tampouco exclusiva. A devolução deve atender os valores pagos com eventuais correções monetárias”.

    Os consumidores que se sentirem lesados poderão fazer registro na plataforma consumidor.gov.br.

    Em nota, a pasta do Turismo informou que considerou grave o anúncio feito pela agência de viagens na sexta feira (18) e que a apuração irá esclarecer as razões dos cancelamentos, identificar as pessoas atingidas e promover a reparação de danos.

    Serão canceladas viagens contratadas na linha “Promo”, de datas flexíveis, com embarques previstos de setembro a dezembro de 2023. A empresa anunciou que irá devolver os valores pagos aos clientes por meio de “vouchers acrescidos de correção monetária de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado, para compra de quaisquer passagens, hotéis e pacotes”.

    Não está claro se, além da troca em serviços da própria empresa, os consumidores poderão rever o dinheiro, se preferirem.

    “Ambos os ministérios estão empenhados na busca de mecanismos que evitem que situações semelhantes voltem a se repetir e na responsabilização de empresas que, por ventura, tenham agido de má fé”, informou o Turismo.

    A CNN procurou a 123milhas para que comentasse o tema. Até o momento, não houve resposta.

    Veja também: Programa de viagem a R$ 200 vai ter app e limite de quatro passagens por ano

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