Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Microsoft e sindicatos dos EUA fecham acordo sobre futuro da IA

    Gigante do software dos Estados Unidos reforça neutralidade para trabalhadores buscarem os sindicatos

    Logo da Microsoft em Los Angeles, Califórnia
    Logo da Microsoft em Los Angeles, Califórnia 19/10/2018 REUTERS/Mike Blake/Arquivo

    Reuters

    A Microsoft e a federação sindical AFL-CIO disseram nesta segunda-feira (11) que fecharam um acordo pelo qual a gigante do software dos Estados Unidos permanecerá neutra nos esforços dos sindicatos para incentivar os trabalhadores a se tornarem membros.

    Os dois lados também trabalharão juntos sobre o futuro da inteligência artificial, em uma parceria inédita sobre IA e o futuro da força de trabalho, à medida que as empresas e os trabalhadores lidam com o impacto da tecnologia.

    O presidente da Microsoft, Brad Smith, disse à Reuters que o “acordo de neutralidade oferece um alto nível de compromisso e clareza sobre como trabalharemos com a AFL-CIO e suas afiliadas se tivermos funcionários ou mesmo funcionários de fornecedores que queiram buscar a formação de um sindicato.”

    A AFL-CIO é a maior federação sindical dos Estados Unidos, composta por 60 sindicatos que representam cerca de 12,5 milhões de trabalhadores.

    A presidente da AFL-CIO, Liz Shuler, disse que a posição da Microsoft contrasta fortemente com a de outras empresas de tecnologia que combateram agressivamente os esforços de sindicalização. “Seu posicionamento é: se os trabalhadores quiserem se organizar, não devemos atrapalhá-los”, disse Shuler.

    “Todas as empresas basicamente lutam contra nós quando os trabalhadores querem se organizar.”

    A Microsoft já havia concordado com um acordo de neutralidade trabalhista legalmente vinculante quando os funcionários da Activision Blizzard manifestaram interesse em se sindicalizar como parte da aquisição da empresa pela Microsoft.

    A Microsoft tem uma parceria importante com a OpenAI, fabricante do ChatGPT, e se comprometeu a investir mais de 10 bilhões de dólares na startup. O aumento da popularidade da chamada IA generativa, que usa dados para criar novos conteúdos, como o ChatGPT, pode refazer a sociedade humana e tornar obsoletos muitos empregos.

    Smith disse ser importante que as empresas de tecnologia projetem a IA “tendo em mente as necessidades dos trabalhadores e que eles tenham voz e forneçam feedback que influencie a direção que essa tecnologia toma”.

    Shuler e Smith realizarão um evento conjunto nesta segunda-feira sobre IA e trabalho. O objetivo da IA é “aumentar a produtividade dos trabalhadores, reduzir o trabalho pesado nos empregos” e traduzir esses ganhos de eficiência em padrões de vida mais elevados, disse Smith.

    Shuler disse que os trabalhadores querem ter voz ativa na forma como a IA é implantada “e se eu tenho um caminho futuro se meu trabalho for de fato rebaixado.”

    Veja também: Congresso quer negociar veto à desoneração da folha